Na sequência de uma reunião com os responsáveis das regiões (Länder), o chefe do Governo alemão decidiu restringir as reuniões a um máximo de dez pessoas, sem contar com os menores de 14 anos, enquanto os grandes acontecimentos, incluindo jogos de futebol, concertos ou eventos culturais, estarão vedados ao público.
Clubes noturnos e discotecas vão fechar em todo o país e todos os eventos que incluem dança estão proibidos.
Scholz considerou que as medidas adotadas há algumas semanas, que implicaram a ampliação das restrições em particular para os não vacinados, “surtiram efeito”, ao ser registada uma redução da incidência de novos contágios e aliviado a situação nos hospitais.
No entanto, deve considerar-se que “à atual quarta vaga vai seguir-se a quinta”, devido à expansão da variante Ómicron do SARS-CoV-2 que, recordou, já é dominante em países como o Reino Unido e a Dinamarca.
Perante esta situação, considerou o chanceler, devem ser aplicadas novas medidas, que apenas vão entrar em vigor após o período do Natal.
“O comportamento responsável da maioria das famílias” demonstrou que nas festas “não se aceleram os contágios”, considerou ainda, ao justificar a decisão de não aplicar estas medidas no imediato.
A reunião entre o Governo federal e os “Länder” surgiu depois de o Instituto Robert Koch (RKI) de virologia ter aconselhado a redução imediata dos contactos e o fim das viagens não essenciais.
A Comissão permanente de vacinação (Stiko), associada ao RKI, recomendou por sua vez a aplicação da dose de reforço três meses após a administração da segunda dose, em vez dos seis meses até agora previstos.
Atualmente, a taxa de população com as duas doses situa-se nos 70,4%, enquanto a dos cidadãos com a dose de reforço, necessária para melhorar a proteção face ao coronavírus, é de 32,6%.
Scholz disse que a campanha de vacinação não será interrompida durante o período do Natal e assinalou que o plano a curto prazo consiste na aplicação de 30 milhões de doses até ao final de janeiro.
Segundo o RKI, as primeiras projeções apontam para que no início de janeiro a maioria dos contágios na Alemanha se devam à variante Ómicron e que ascendam a várias dezenas de milhares.
Apesar da redução de novos contágios durante a quarta vaga, motivados pela variante delta, as hospitalizações e a pressão nas unidades de cuidados intensivos permanece muito elevada, com o RKI a advertir para o perigo de saturação.
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