Aguiar-Branco fez o anúncio no arranque do plenário e disse que Miguel Arruda ficaria, na sessão de hoje, sentado na última fila entre as bancadas do Chega e do PSD, como já aconteceu em outras situações semelhantes, remetendo uma decisão final para a conferência de líderes.

O líder parlamentar do Chega, Pedro Pinto, protestou, avisando que não se responsabilizaria pelo que se poderia passar durante o plenário de hoje.

“Não nos sentimos confortáveis por o deputado Miguel Arruda se sentar ao lado dos deputados do Chega porque, como sabem, as coisas, não foram pacíficas, não posso responder pelo meu grupo parlamentar e pelo que possa acontecer nesta sessão plenária”, avisou.

Pedro Pinto lamentou ainda que o regimento permita esta passagem a não inscrito e disse que tal devia ser revisto numa revisão constitucional.

O co-porta-voz do Livre, Rui Tavares, pediu que fosse distribuída esta intervenção de Pedro Pinto e disse que “a sua mala ficava bem agarrada”, numa referência à suspeita de furto de malas de que é alvo Miguel Arruda.

Num primeiro momento, o presidente da Assembleia da República manteve a decisão da Mesa, mas acabou por interromper os trabalhos por cinco minutos, pedindo que os líderes parlamentares se deslocassem ao seu gabinete.