Os 15 homens suspeitos de terem invadido a casa e espancado imigrantes magrebinos, no dia 3 de maio, pelas 00h30, na Rua do Bonfim, no Porto, planearam o ataque na rede social encriptada Telegram, num grupo com o nome "SOS Porto Invicta".
De acordo com o Jornal de Notícias, a investigação recolheu fortes indícios de que os indivíduos premeditaram ao pormenor as agressões aos imigrantes no grupo de Telegram, mas também num outro grupo na rede social WhatsApp, com o nome “Antiga, mui nobre, sempre leal e invicta cidade do Porto”.
A Polícia Judiciária (PJ) desmantelou o grupo e atribuiu-lhe ainda outros dois ataques de carácter racista, que ocorreram na mesma noite, avança a publicação.
Pouco tempo depois do ataque na Rua do Bonfim, dois argelinos foram espancados com tacos de basebol no Campo 24 de Agosto. Já cerca das 03h00, cinco indivíduos do grupo terão espancado um marroquino na Praça da Batalha.
No telemóvel de um dos agora arguidos foram apreendidas fotografias de vítimas, tiradas e partilhadas nos grupos nos dias anteriores aos ataques, que mostram que os agressores vigiaram as vítimas antes de as atacarem.
Constituídas como provas, as fotografias foram anexadas ao inquérito tutelado pelo Departamento de Investigação e Ação Penal do Porto, que optou por não deter os suspeitos, mas constituí-los arguidos, com a aplicação de termo de identidade e residência.
Segundo o JN, "os indivíduos quereriam vingar familiares e amigos que teriam sido roubados por cidadãos de origem argelina e marroquina, na zona do Campo 24 de Agosto, no Bonfim, no Porto".
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