No total, estão contabilizados neste continente 1.988 casos de infeção desde o início da pandemia e 58 mortes, de acordo com dados do Centro para a Prevenção e Controlo de Doenças (CDC) da União Africana, divulgados hoje à tarde.
Há registo de mortes pela covid-19 em 13 países africanos: Argélia, Burkina Faso, República Democrática do Congo (RDCongo), Egito, Gabão, Gâmbia, Gana, Maurícias, Marrocos, Nigéria, Sudão, Tunísia e Zimbabué.
De acordo com a mesma fonte, o continente conta ainda com 187 doentes recuperados, números que baixam o total de infeções ativas para 1.743.
O Egito contabiliza 19 mortes e 366 casos de infeção pelo SARS-CoV-2, sendo o país africano com maior número de vítimas mortais causadas pela doença. O primeiro-ministro egípcio já anunciou, para conter a propagação da doença, um toque de recolher obrigatório noturno durante duas semanas.
Em segundo lugar surge a Argélia, com 17 mortos em 230 infeções. O país é a nação africana com mais casos recuperados, 77, o que reduz o número de infeções ativas para 136.
A África do Sul continua como o país com o maior número de casos acumulados de infeção em África (554), não registando qualquer morte. Ainda assim, o ministro da Saúde do país afirmou que as autoridades sul-africanas acreditam que estes números se vão “multiplicar por três ou por quatro” nas próximas duas semanas.
Na noite de segunda-feira, o Presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, anunciou uma contenção nacional de três semanas para “evitar uma catástrofe humana de proporções enormes”.
Burkina Faso e Marrocos apresentam ambos quatro mortos, seguindo-se a Tunísia, com três fatalidades por covid-19 desde o início da pandemia, e RDCongo, Gana e Maurícias, com duas mortes cada.
Zimbabué, Sudão, Nigéria, Gâmbia e Gabão registam, cada um, uma vítima mortal em consequência do novo coronavírus.
Nos países lusófonos, Angola, Moçambique e Cabo Verde registam, cada um, três casos de covid-19 nos seus territórios, com registo de uma vítima mortal no arquipélago cabo-verdiano.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 386 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram cerca de 17.000.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.
Vários países adotaram medidas excecionais, incluindo o regime de quarentena e o encerramento de fronteiras.
Já mais de 20 países africanos encerraram de forma total as fronteiras e pelo menos 13 decretaram quarentena obrigatória.
A maioria dos países do continente africano adotaram medidas para a contenção da propagação do vírus, incluindo o encerramento de instituições de ensino ou a proibição de encontros religiosos.
O continente africano assinala hoje a morte do saxofonista camaronês Manu Dibango, um marco na história do afro-jazz, que morreu em França, com covid-19, aos 86 anos.
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