Entre as reivindicações dos manifestantes esteve também o apelo à comunidade internacional, e em particular aos Estados Unidos, para o alívio das sanções económicas e para o descongelamento das doações de reconstrução do Afeganistão, dois aspetos considerados essenciais para evitar o agravamento da grave crise económica e humanitária do país.
“As sanções económicas irão intensificar ainda mais a situação económica e criar mais problemas para a população civil”, disse Fareed Ahmad, um dos manifestantes, à Efe.
Os manifestantes também defenderam o reconhecimento do governo provisório dos talibãs, uma vez que muitas organizações internacionais foram forçadas a abandonar o Afeganistão após a tomada do poder pelos islamistas e a economia afegã entrou em colapso na sequência da suspensão da ajuda.
O Afeganistão atravessa uma profunda crise económica e social na sequência da tomada de Cabul pelos radicais islâmicos. Como consequência, o país ficou praticamente isolado, devido à falta de reconhecimento da comunidade internacional, bem como as sanções económicas que visam impedir os líderes dos talibãs de aceder ao sistema financeiro internacional.
A desvalorização da moeda afegã face ao dólar, a falta de liquidez dos bancos e do sistema financeiro e a chegada de um inverno rigoroso ameaçam deixar os afegãos numa crise alimentar e económica ainda mais grave do que a situação atual.
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