“A iniciativa foi do próprio SEF e tudo terá de ser apurado. Obviamente, a investigação pelas autoridades judiciárias prosseguirá”, afirmou o ministro, em Alandroal (Évora).
Questionado sobre este caso, o governante elogiou ainda a “exemplar cooperação” que existiu “entre o SEF e a Polícia Judiciária (PJ)”.
Sobre se esta situação poderá manchar o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, Eduardo Cabrita negou: “Não, isso reforça a capacidade de intervenção do SEF e da PJ”.
Eduardo Cabrita falava aos jornalistas depois de presidir à cerimónia de inauguração do Posto Territorial de Alandroal da GNR, que resultou de um protocolo com a câmara municipal, num investimento de mais de 600 mil euros.
A detenção do chefe da delegação do SEF em Albufeira, Joaquim Patrício, foi efetuada na quinta-feira pela PJ, por suspeitas de corrupção, revelou à agência Lusa fonte ligada ao Serviço de Estrangeiros e Fronteiras.
Uma outra fonte ligada à investigação disse à Lusa que decorreram buscas e que esta operação “contou com a colaboração total do SEF” desde o início.
Segundo a PJ, o chefe da delegação regional de Albufeira do SEF foi detido pela presumível prática de vários crimes de corrupção passiva.
O detido, acrescentou a PJ, é chefe da delegação de Albufeira do SEF desde meados de 2017 e recebia “presumivelmente quantias monetárias de estrangeiros para a concessão de autorização de residência em Portugal”.
A investigação teve por base uma participação do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, “entidade que colaborou estreitamente com a Polícia Judiciária no decorrer de todas as diligências”, referiu a PJ no comunicado.
A detenção foi feita através da diretoria do sul e em cumprimento de mandado de detenção emitido pelo Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Faro.
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