
Em 1961, o embaixador irlandês Thomas J. Kiernan visitou a Casa Branca para se encontrar com John F. Kennedy, eleito o 35º presidente dos Estados Unidos da América nesse ano. Como presente de boas vindas, Kiernan ofereceu uma hera sueca num vaso.
John F Kennedy era neto de imigrantes irlandeses, e por isso a lembrança ganhou um significado mais profundo, tornando-se uma peça icónica da Sala Oval. Com tom de ironia, o The Washington Post conta que o presente não era verdadeiramente irlandês, mas sim sul-africano, o que não impediu a administração americana de a guardar ao longo dos anos com estima.
O cenário de muitas reuniões históricas realizadas nesta sala ao longo das últimas seis décadas era verde, da hera a envolver a lareira, e recordava o legado do presidente assassinado em 1979. Estacas da trepadeira eram oferecidas nestas visitas, para serem replantadas noutras casas pelo mundo.
Algumas das figuras que passaram pela sala foram Nelson Mandela, o Papa João Paulo II, Margaret Thatcher e Whitney Houston, sob convite de presidentes de mandatos diferentes.
Em 2024, a administração de Donald Trump volta à Casa Branca e a hera desaparece. Foi substituída com estátuas douradas, cuja origem se desconhece, apesar de se suspeitar que podem ser prémios de golfe adquiridos pelo presidente.
Segundo um jornalista que conseguiu ver as estátuas de perto, num dos prémios lê-se gravado “Prémio Nobel da Paz concedido a Donald Trump por ser o melhor em fazer a paz”.
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