De acordo com a editorial Presença, que publica a obra da autora em Portugal, o mais recente romance de Elif Shafak vai ser lançado no mercado português com o título “A Ilha das Árvores Desaparecidas”.
A história passa-se na ilha de Chipre durante o ano de 1974.
Dois adolescentes, de dois lados opostos de uma terra dividida, encontram-se numa taberna, o único lugar, naquela cidade a que chamam casa, em que Kostas, grego e cristão, e Defne, turca e muçulmana, se podem encontrar secretamente e esquecer os problemas do mundo.
Naquele refúgio, bem ao centro, cresce uma figueira que testemunha tudo: os silêncios e as confissões, a felicidade dos encontros, a melancolia das partidas, o início da guerra civil, a destruição da cidade e a separação de Kostas e Defne.
Passam vários anos e a narrativa salta para Londres, onde vive Ada, que nunca conheceu a ilha onde nasceram os seus pais, e tem muitas perguntas sem resposta, sobre a história da sua família.
A única coisa que a liga à terra dos pais é a ‘Ficus carica’ que cresce no jardim de sua casa.
Segundo a editora, esta é a história de um amor proibido, num cenário de raiva e violência, mas é também a história que dá voz às gerações passadas, tantas vezes silenciadas pelos conflitos.
“A ilha das árvores desaparecidas” é finalista do Prémio Costa, na categoria Romance, e é um dos 16 semifinalistas do Women’s Prize for Fiction, anunciados esta semana.
Elif Shafak já esteve por duas vezes entre os finalistas do Prémio Booker, com “A bastarda de Istambul”, que a Presença vai reeditar, e com o romance “10 minutos e 38 segundos neste mundo estranho”, que também esteve nomeado para o Prémio Literário Internacional de Dublin.
Elif Shafak é uma escritora multipremiada que conta com 19 livros publicados, entre os quais 12 romances, traduzidos para 55 línguas.
Doutorada em Ciência Política, deu aulas em várias universidades na Turquia, nos Estados Unidos da América e no Reino Unido, nomeadamente em Oxford, onde é ‘honorary fellow’, e tem também um doutoramento em Humanidades, pelo Bard College.
Vice-presidente da Royal Society of Literature, Elif Shafak foi considerada pela BBC uma das mais influentes e inspiradoras mulheres da atualidade.
Defensora dos direitos das mulheres, LGBTQ+ e da liberdade de expressão, foi distinguida com a medalha de Cavaleiro da Ordem das Artes e das Letras de França.
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