O diretor do Teatro das Beiras, Fernando Sena, sublinhou a oferta de “uma programação diversificada” e continuada ao longo do ano, além das produções próprias. “Artisticamente é aquilo que nós gostávamos de apresentar durante o ano”, salientou Fernando Sena.
Durante a apresentação da programação para 2025, hoje, na sede da companhia, na Covilhã, distrito de Castelo Branco, foram anunciadas três novas criações, a primeira a estrear-se em 15 de fevereiro.
A peça “Um conto japonês”, encenada por Fernando Mota, parte do conto “A árvore”, de Sophia de Mello Breyner Andresen, e é interpretada por Miguel Brás e Sílvia Morais.
Criado para ser apresentado ao ar livre, e para seguir em itinerância pelas freguesias e pelo país, “A noite dos visitantes”, de Peter Weiss, é uma cocriação do Teatro das Beiras e do Teatro da Rainha, com estreia marcada para 26 de junho e encenada por Fernando Mora Ramos.
Para 22 de outubro está agendada a apresentação de “O coração de um pugilista”, de Lutz Hübner, com encenação de Jorge Silva.
O projeto educativo da companhia covilhanense vai ser alargado a mais crianças e jovens, através da ida às escolas da peça “Vitória, a exploradora de histórias”, e da oficina de teatro, entre 07 e 16 de abril, agora com dois grupos, para crianças entre os seis e os nove anos e outro entre os dez e os 14 anos.
A produtora Celina Gonçalves justificou essa aposta com o interesse no contacto com as escolas e com os mais jovens, para proporcionar dinâmicas com o público jovem durante mais tempo.
“Sendo a formação de públicos uma coisa que há de vir desde tenra idade, porque achamos que é importante e porque há procura, quisemos que houvesse mais atividades para a infância em vez de só nos momentos específicos”, referiu Celina Gonçalves.
Pelo terceiro ano, o Teatro das Beiras mantém as "4.ºs de Teatro", com o acolhimento mensal de cinco companhias portuguesas e de uma estrangeira, com a exceção dos meses de verão.
A primeira a subir ao palco este ano, no dia 15, às 21:30, é a TrêsMaisUmTeatro, com “Nome: Natália”, antecedida da apresentação do livro “Natália Correia: confissão poética em torno de Mulher Atlante”, de Rui Pereira.
Em fevereiro será a vez de A Barraca apresentar “De Mary para Mary”, em abril subirá ao palco do auditório Fernando Landeira a Jangada Teatro, com “Romeu e Julieta”, em maio o Teatro do Noroeste viajará até à Covilhã com “Rottweiler Vs Chihuahua”, em setembro o Cendrev - Centro Dramático de Évora dará corpo a “Florbela, Florbela” e em dezembro será a vez de o Tranvía Teatro ‘pisar as tábuas’ com “Lucía el sol sobre Toya”.
“Alargar a programação às quartas permite ter mais espetáculos ao longo do ano, espetáculos que aparecem [regularmente] e que são interessantes, para podermos fazer uma programação diferente”, salientou o diretor.
Em novembro, o Teatro das Beiras promove, entre os dias 13 e 22, o habitual Festival de Teatro da Covilhã, com quatro espetáculos para o público em geral e cinco para a infância no cartaz.
A peça “A festa”, de Spiro Scimone, encenada por Maria João Luís para a companhia, vai andar em digressão pelo país.
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