O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, havia desafiado o homólogo russo a participar, mas o nome de Putin não foi incluído numa lista da equipa de negociação publicada pelo Kremlin na quarta-feira.

Os representantes de Moscovo estão "dispostos a conduzir negociações sérias", garantiu a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova.

Centenas de jornalistas aguardam nesta quinta-feira em frente ao Palácio Dolmabahçe, às margens do Bósforo, onde, segundo a diplomacia russa, as reuniões começarão esta tarde.

Com a ausência de Putin, a presença de Zelensky também não está garantida.

O avião do presidente ucraniano aterrou nesta quinta-feira ao meio-dia em Ancara, a capital turca, para uma reunião com o seu homólogo Recep Tayyip Erdogan, segundo uma fonte do governo ucraniano. "Só então decidirá os próximos passos da sua agenda", declarou a fonte à AFP.

A Ucrânia não comunicou até ao momento se a reunião com os russos vai acontecer, nem a composição exata da sua comitiva.

Nos últimos dias, Zelensky pediu com insistência a Putin que participasse diretamente nas negociações, após mais de três anos da invasão russa ao território ucraniano em 2022, que já provocou dezenas de milhares de mortos.

As negociações foram anunciadas pelo presidente russo no fim de semana passado, como resposta a um ultimato dos países europeus e da Ucrânia, com o apoio dos Estados Unidos, para que a Rússia aceitasse um cessar-fogo antes de começar a negociar.

Na quarta-feira, Putin liderou uma reunião "sobre a preparação das próximas negociações", informou o Kremlin, com o ministro das Relações Exteriores, Serguei Lavrov, o comandante do Estado-Maior do Exército russo, Valery Guerasimov, e o diretor do Serviço Federal de segurança (FSB), Alexandr Bortnikov, entre outros.