Das 68 candidaturas apoiadas, 33 são quadrienais e 35 bienais, distribuindo-se o apoio financeiro a atribuir nos quatro anos da seguinte forma: 8 748 327,85 euros (2018), 9 646 103,19 euros (2019), 6 596 734, 32 euros (2020) e 6 596 734,32 euros (2021), num total de 31 587 899,68 euros.
No que respeita aos montantes a atribuir em 2018 por região, a do Algarve vai receber 333 333,28 euros (3,81 por cento), ao Alentejo são atribuídos 593 644,68 euros (6,79%) e para a Área Metropolitana de Lisboa são canalizados 3 887 512,92 euros (44,44%).
Para a zona Norte vão 2 775 243,55 euros (31,72%) e para a zona Centro 1 158 593,41 euros (13,24%).
O total de apoios ao teatro a conceder em 2018 cifra-se em 8 748 327,85 euros.
A reunião para a aprovação da lista de classificação das candidaturas e do montante de apoio a conceder às companhias elegíveis realizou-se na segunda-feira, em Lisboa.
Cristina Peres, Luís Mestre, Manuel Gama e Daniela Ambrósio integravam a comissão de apreciação das candidaturas, que era presidida por Cecília Branco, técnica superior da Direção de Serviços de Apoio às Artes da Direção-Geral das Artes (DGARtes).
Teatro Experimental do Porto, Companhia Cão Solteiro e Casa Conveniente são - estruturas que ficaram de fora destes apoios sustentados ao teatro para 2018-2021.
Das 90 entidades que concorreram nos apoios sustentados ao teatro, 68 foram apoiadas com um crescimento financeiro de 49%, no valor de 10,4 milhões de euros, face ao ciclo anterior, passando de 21,2 milhões de euros para 31,6 milhões de euros o investimento no quadriénio de 2018-2021, segundo dados da DGArtes.
Neste conjunto há 26 entidades que regressam ou entram pela primeira vez numa modalidade de financiamento plurianual, segundo a DGArtes.
O montante total disponível para a Direção-Geral das Artes no âmbito do programa de apoios sustentados até 2021 passou a 83,04 milhões de euros, segundo uma portaria publicada na sexta-feira em Diário da República.
De acordo com o documento datado do passado dia 08, e assinado pelos secretários de Estado do Orçamento e da Cultura, é alterada a portaria de 12 de abril, que indicava que 81,5 milhões de euros até 2021 iriam ser repartidos entre 2018 e 2021 com 19,25 milhões este ano e 20,75 nos três anos seguintes.
A alteração efetuada aumentou o valor deste ano para 19,396 milhões e os dos três anos seguintes para 21,214 milhões de euros.
A Lusa pediu ao Ministério da Cultura um esclarecimento acerca deste aumento, mas não obteve resposta em tempo útil.
“Sendo necessário atualizar o montante global disponível para execução do referido programa de apoio sustentado, nas modalidades bienal e quadrienal, importa proceder à alteração da Portaria n.º 233/2018, de 12 de abril”, pode ler-se no Diário da República de 11 de maio, que se refere à portaria anterior.
Os concursos do Programa de Apoio Sustentado da DGArtes, para os anos de 2018-2021, partiram com um montante global de 64,5 milhões de euros, em outubro, subiram aos 72,5 milhões, no início de abril, perante a contestação no setor e, mais tarde, o Governo anunciou novo reforço para um total de 81,5 milhões de euros.
Com a alteração hoje publicada, esse valor é aumentado em mais de 1,5 milhões de euros.
Os reforços foram anunciados no contexto de ampla contestação, desde associações a estruturas isoladas, passando pelos sindicatos da área, que questionavam os critérios usados pelos júris, para os primeiros resultados provisórios, na base da exclusão de companhias com décadas de existência e com um passado de apoios públicos.
O Programa de Apoio Sustentado às Artes 2018-2021 envolve seis áreas artísticas - circo contemporâneo e artes de rua, dança, artes visuais, cruzamentos disciplinares, música e teatro – tendo sido admitidas a concurso, este ano, 242 das 250 candidaturas apresentadas.
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