“O Mostrengo” venceu, no ano passado, o Prémio Incentivo à Criação, e é estreada pela OSP conforme estipula o regulamento, sendo a sua partitura editada pela AVA Musical Editions, segundo nota do Teatro Nacional de S. Carlos (TNSC).
A mesma nota cita o júri do prémio, segundo o qual esta é uma “obra muito bem conseguida em termos de conceito de poema sinfónico, capaz de narrar uma história e de transportar o ouvinte para o imaginário a que se propõe desde o primeiro momento, criando uma ação que cativa e que cria expetactiva relativamente ao seu desenlace”.
“Musicalmente muito interessante na exploração da noção de pulsação, na gestão do material, timbres e possibilidades sonoras e texturas”, acrescentou o júri, constituído pela violinista Anne Victorino d’Almeida, pela diretora artística do TNSC, Elisabete Matos, pela anterior maestrina titular da OSP Joana Carneiro, pelo maestro do coro do TNSC, Giampaolo Vessella, pelo diretor dos Estudos Musicais e Dramaturgia do TNSC, João Paulo Santos, pelo coordenador do projeto educativo do TNSC, Pedro Teixeira da Silva, e pelo compositor Nuno Côrte-Real.
“‘O Mostrengo’, para Orquestra Sinfónica, é uma obra que nasce a partir de um poema integrado na ‘Mensagem’ [1934], de Fernando Pessoa. O poema, precisamente intitulado ‘O Mostrengo’, está incluído na 2.ª parte do livro, sob a epígrafe ‘Mar Português'”, indicou o TNSC.
Compositor e maestro, Marco Pereira nasceu no Porto em 2001. Enquanto compositor, estudou com os compositores Pedro Santos e Dimitrios Andrikopoulos. Enquanto maestro, teve aulas com o maestro espanhol Eduardo Portal. Atualmente, é aluno de direção de orquestra do maestro Cesário Costa e frequenta o 3.º ano da licenciatura em Composição, na Escola Superior de Música e Artes do Espetáculo, no Porto, orientado pelo compositor Rui Penha.
O concerto de dia 21, às 21:00, abre com duas homenagens ao passado por compositores do século XX: do russo Prokofiev escutar-se-á a Sinfonia n.º 1, que compôs aos 25 anos, conhecida como “Sinfonia Clássica”.
Seguir-se-á no programa “Menuet antique”, de Maurice Ravel, originalmente escrito para piano em 1895, em homenagem a Emmanuel Chabrier, tendo sido orquestrado pelo compositor em 1929.
O concerto prossegue com a estreia absoluta de “O Mostrengo”, de Marco Pereira, e termina com a música para o bailado “O pássaro de fogo”, de Igor Stravinski.
Marco Pereira foi o vencedor da primeira edição do ABC…Compositores! Prémio Incentivo à Criação, uma iniciativa do OPART — Organismo de Produção Artística, promovido pelo Serviço Educativo e de Pedagogia do TNSC.
A 2.ª edição do ABC…Compositores! Prémio Incentivo à Criação será apresentada em fevereiro de 2022 e destina-se a compositores até aos 25 anos, segundo o TNSC.
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