
Uma das lições essenciais dos crimes cometidos pelos nazis é a “profunda convicção” de que os europeus devem deixar para trás a guerra neste continente, disse Scholz durante a cerimónia, onde mais uma vez condenou a invasão da Ucrânia pela Rússia como uma violação deste acordo.
Diante de uma Europa de “reconciliação, liberdade e democracia” e de sociedades que combatem o antissemitismo e o racismo e protegem a dignidade humana, “autocratas, extremistas e populistas” estão a posicionar-se em todo o mundo, procurando “atacar e destruir esses ideais”, afirmou o chanceler, citado pela agência EFE.
“Não podemos permitir isso, a Alemanha em particular não pode permitir isso. Porque devemos estar cientes dos abismos aos quais o imperialismo, a privação de direitos e o ódio racial levam”, disse.
No discurso, Scholz lembrou que pelo menos 100.000 prisioneiros de toda a Europa passaram por Neuengamme, o maior dos campos de concentração estabelecidos pela SS nazi no noroeste da Alemanha.
Pelo menos 42.900 prisioneiros de Neuengamme perderam a vida durante a estadia no campo, executados, enforcados ou devido às condições desumanas, disse o chanceler, enfatizando que os crimes ocorreram “à vista de todos”.
A cerimónia no antigo campo de concentração contou com a presença de delegações e familiares de ex-prisioneiros da Bélgica, Dinamarca, Croácia, Espanha, Estados Unidos, França, Israel, Itália, Holanda, Bolonha, Suíça e Reino Unido.
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