Depois de um ano de paragem, devido à pandemia da covid-19, o concurso regressa com a 65.ª edição, que acontece na terça-feira (primeira semifinal), na quinta-feira (segunda semifinal) e no sábado (final).
Os Países Baixos ganharam o direito de organizar a Eurovisão depois de vencerem a edição de 2019, em Israel, com o tema “Arcade”, interpretado por Duncan Laurence.
A 65.ª edição do concurso, que se realiza anualmente na Europa desde 1956, deveria ter acontecido em maio do ano passado, em Roterdão, mas a União Europeia de Radiodifusão, por considerar que não estavam reunidas condições para a sua realização, devido à pandemia da covid-19, decidiu adiá-la um ano.
Ao todo serão 39 os países em competição e, de modo a garantir que o concurso acontece mesmo, os concorrentes gravaram as atuações nos seus países, para poderem participar caso não fosse possível viajarem para Roterdão.
A gravação, entregue previamente pelas estações de televisão participantes (no caso de Portugal é a RTP), teve de “acontecer num estúdio e em tempo real (tal como seria no concurso), sem qualquer edição da voz ou de qualquer parte da atuação, depois de esta ser gravada”.
A organização terá de utilizar a gravação de pelo menos um dos 39 países: a Austrália, cuja delegação se viu impedida de viajar para os Países Baixos.
Embora a 55.ª edição do Festival Eurovisão da Canção seja disputada por 39 países, apenas 33 competem nas semifinais (16 na primeira e 17 na segunda).
Os restantes seis países - os chamados ‘Cinco Grandes’ (França, Alemanha, Itália, Espanha e Reino Unido) e o país anfitrião (Países Baixos) - têm acesso garantido à final.
Em cada semifinal são escolhidos dez países. Portugal irá competir na quinta-feira por um lugar na final, durante a segunda semifinal, na qual participam também São Marino, Estónia, República Checa, Grécia, Áustria, Polónia, Moldávia, Islândia, Sérvia, Geórgia, Albânia, Bulgária, Finlândia, Letónia, Suíça e Dinamarca.
Na primeira semifinal competem Lituânia, Eslovénia, Rússia, Suécia, Austrália, Macedónia do Norte, Irlanda, Chipre, Noruega, Croácia, Bélgica, Israel, Roménia, Azerbaijão, Ucrânia e Malta.
As duas semifinais e a final vão ter público a assistir ao vivo, tendo a organização colocado à venda este mês 3.500 bilhetes por espetáculo. Além disso, de acordo com informação disponível no 'site' oficial do Festival Eurovisão da Canção, o Governo dos Países Baixos autorizou a organização a ter também público em seis ensaios.
Este ano, “todas as delegações, artistas e equipa de produção seguem um protocolo rigoroso e não terão contacto com elementos do público”.
Com “Love is on my side” Portugal leva à Eurovisão, pela primeira vez, uma canção integralmente em inglês, composta por Tatanka, o vocalista dos The Black Mamba.
Tatanka é um dos fundadores dos The Black Mamba, banda formada em 2010 e que se move no universo dos blues, da soul e do funk.
Em paralelo com os The Black Mamba, Tatanka iniciou uma carreira a solo em 2016, “num registo mais pessoal e de regresso às suas raízes, contando histórias e apresentando temas originais em português”. O álbum de estreia, “Pouco Barulho”, chegou em 2019.
Portugal participou no Festival Eurovisão da Canção pela primeira vez em 1964, tendo, entretanto, falhado cinco edições (em 1970, 2000, 2002, 2013 e 2016).
Entre 2004 e 2007, inclusive, e em 2011, 2012, 2014, 2015 e 2019, Portugal falhou a passagem à final.
Portugal venceu pela primeira e única vez o concurso em 2017, com o tema “Amar pelos dois”, interpretado por Salvador Sobral e composto por Luísa Sobral. Na sequência da vitória, Lisboa acolheu, no ano seguinte, a competição.
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