A Orquestra Barroca assume cinco dos sete concertos, atuando na quinta-feira em Évora, na Praça do Giraldo, no sábado, em Mafra (Terreiro de D. João V), no domingo, em Faro (Praça da Sé), no Museu Francisco Júnior em Castelo Branco, no dia 10, e na Praça da República de Viana do Castelo, no dia seguinte, fechando este ciclo.
Antes, a Sinfónica sobe a palco no sábado, na Avenida dos Aliados, no Porto, pelas 22:00, inserido no já habitual programa de Concertos na Avenida que a Casa da Música costuma organizar, seguindo-se, no domingo, a cidade de Braga, ambos pelas 21:00.
O programa apresentado pela Barroca arranca com a sinfonia “Les éléments”, do compositor e violinista Jean-Féry Rebel (1666-1747), uma figura de proa da corte do rei Luís XIV que nesta obra explora a criação do mundo e inclui um movimento dedicado ao caos.
Seguem-se obras do Georg Friedrich Handel (1685-1759), um dos mais reconhecidos compositores da síntese do barroco tardio, com uma suíte de “Música Aquática” e partes das óperas “Radamisto” e “Partenope”.
Os concertos, marcados para as 22:00, terminam com o Concerto para violino, dois oboés, duas trompas, tímpanos e cordas do veneziano Antonio Vivaldi (1678-1741), “melodias contagiantes” e que dão protagonismo aos instrumentos de sopro.
À Barroca junta-se o violinista, contratenor e maestro russo Dmitry Sinkovsky, que em 2017 dirigiu a Sinfónica de Seattle, nos Estados Unidos, nas mesmas funções, então também em torno da música de Vivaldi.
O programa dos dois concertos da Sinfónica, dirigida pelo maestro titular Baldur Brönnimann, inclui sete peças focadas na música de dança, da festa popular a valsas e a ritmos da música eletrónica.
O “Carnaval Romano”, do francês Hector Berlioz (1803-1869), abre para a “Dança das Horas”, do italiano autor da ópera “A Gioconda” Amilcare Ponchielli (1834-1886), antes de obras dos ingleses Eric Coates e Frederick Delius.
“O Chapéu de Três Bicos”, do espanhol Manuel de Falla, abre a ligação latina a “La Milonga del Angel”, do argentino Astor Piazzolla, antes da sonoridade ‘techno’ da obra do norte-americano Mason Bates, com “Mothership”.
Segundo comunicado da organização, o objetivo do ciclo é “contribuir para a valorização desses centros históricos e fomentar o gosto pela música mais erudita, derrubando barreiras e conquistando novos públicos”.
Na apresentação do programa, o diretor artístico da Casa da Música, António Jorge Pacheco, garantiu à Lusa a continuidade do programa para 2020, por ser capaz de mudar “a forma como a Casa da Música é vista em todo o território nacional”.
Este trabalho, que arrancou em julho com um concerto da Sinfónica em Lisboa, envolve “uma logística brutal” e um orçamento “de mais de 500 mil euros”, através da parceria com a Fundação La Caixa.
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