Devido aos festejos do campeonato nacional de futebol, que o Sporting venceu no passado sábado, em Lisboa, a Câmara Municipal de Lisboa (CML) impôs, após indicação da PSP, restrições aos horários de funcionamento de vários estabelecimentos de restauração e bebidas nas zonas de Alvalade e do Marquês de Pombal, invocando motivos de segurança.

Numa nota, a AHRESP anunciou que vai pedir uma reunião, com caráter de urgência, com o presidente da CML, Carlos Moedas, para analisar os prejuízos que os estabelecimentos abrangidos tiveram e discutir medidas de compensação ou apoio aos empresários afetados.

A associação reconheceu a importância de garantir a segurança pública em eventos de grande dimensão e disse ainda estar disponível para “trabalhar na definição de soluções futuras que salvaguardem simultaneamente a segurança pública e a continuidade da atividade económica legalmente instalada”.

No entanto, a AHRESP considerou “absolutamente desproporcionais as medidas adotadas pela CML, cujos impactos se fizeram sentir de forma grave” nos comerciantes.

“A proteção da ordem pública não pode continuar a ser feita à custa da penalização dos mesmos empresários de sempre”, considerou.

Segundo a AHRESP, a “indignação dos empresários atingidos foi ainda mais acentuada pela presença de venda ambulante precisamente nos mesmos espaços públicos onde os estabelecimentos licenciados, cumpridores das normas legais e fiscais, foram obrigados a encerrar”.

“Esta duplicidade de critérios é incompreensível e inaceitável, causando desigualdade de tratamento e concorrência desleal”, acrescentou.

O Sporting sagrou-se bicampeão de futebol no sábado, ao vencer o Vitória de Guimarães (2-0), no Estádio José Alvalade, em Lisboa, na 34.ª e última jornada da I Liga, conquistando o título pela 21.ª vez no seu historial.

Dezenas de estabelecimentos comerciais em Lisboa estiveram sujeitos a restrições do horário de funcionamento, nomeadamente perto de 20 estabelecimentos junto ao estádio José Alvalade e cerca de 60 junto à Praça Marquês de Pombal, segundo um despacho da câmara municipal, que justificou a decisão “por questões de segurança”, após pedido da PSP.