Hoje, durante a apresentação do projeto, o vereador da Cultura na Câmara de Viseu, Jorge Sobrado, explicou que o Poldra vai permitir preencher um “espaço vazio”, uma vez que não havia uma iniciativa exclusivamente dedicada à escultura pública.
“É um festival que se vocaciona para essa forma de expressão e que vem permitir um novo olhar sobre um espaço, neste caso a Mata do Fontelo”, frisou, lembrando que o Poldra – Public Sculpture Project Viseu contou com 50 mil euros de financiamento do município.
Cristina Ataíde (portuguesa, de Viseu), Pedro Pires (angolano) e Neeraj Bhatia (canadiano) são os artistas responsáveis pelas primeiras três instalações do Poldra, que terão um período de vida de três anos.
Segundo Jorge Sobrado, o projeto “tem duas edições contratadas com João Dias”, a segunda das quais em 2019.
“É apenas um abrir de uma janela para a escultura pública em Viseu, que queremos valorizar e reforçar neste ciclo municipal”, frisou.
João Dias, que é organizador e promotor do projeto, disse aos jornalistas que a ideia é este ano ter três instalações e, “no próximo, mais quatro, talvez cinco”.
“O que faz com que tenhamos um percurso na Mata do Fontelo, que já é algo que vale a pena vir de Lisboa ou do Porto para visitar”, considerou.
Além da intervenção no espaço público através dos objetos escultóricos, o Poldra vai promover conversas e visitas.
“Vamos ter todos os meses pequenas palestras, conversas, em torno da utilização do espaço público, do espaço verde, do que é arte, do que é um curador, do que é um artista. Desmistificar um pouco tudo o que vem à volta deste território”, contou.
A primeira conversa está marcada para 15 de setembro, com a diretora do Museu Nacional de Arte Contemporânea - Museu do Chiado, Emília Ferreira, e a codiretora do “Sculpture in the city” (Londres), Stella Ioannou.
O projeto prevê também visitas guiadas e outras autónomas: “Estamos a criar um ‘kit’ para que as pessoas possam ir ao 'site' fazer o ‘download’, imprimir páginas com mapa, locais, informação sobre artistas, as peças e como utilizá-las”.
O presidente da Câmara de Viseu, Almeida Henriques, frisou o “carinho especial” que as pessoas têm pela Mata do Fontelo, e garantiu que o executivo está apostado na sua reabilitação.
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