O certame, que assinala 10 anos de existência, é promovido pela câmara e realiza-se hoje e no sábado, assim como nos dias 19 e 20 deste mês, no cenário natural do Parque Ecológico do Gameiro, junto ao Fluviário, na freguesia de Cabeção, concelho de Mora, distrito de Évora.

“É uma aposta para continuar. É muito agradável assistir a estes concertos junto ao Fluviário, no Parque Ecológico do Gameiro, tendo o rio como cenário de fundo”, destacou à agência Lusa o presidente da Câmara de Mora, Luís Simão.

Segundo o autarca, trata-se de “um festival de verão”, mas “diferente”, que, desde o início, tem tido como objetivo “levar ao concelho de Mora e ao interior do país” concertos de “tipos de música que não são muito comuns poder assistir nestas zonas”.

“O festival apresenta sempre quatro tipos de música, a clássica, o jazz, o fado e a música popular portuguesa. Os últimos dois estão sempre presentes nas nossas festas, mas a música clássica e o jazz não são tão frequentes e, ao longo destes anos, conseguimos fidelizar algum público do concelho e de concelhos vizinhos”, congratulou-se.

Na 1.º edição do certame, o espetáculo de música clássica “não teve mais de 100 a 120 pessoas a assistir”, mas, agora, “leva sempre 300 a 400 pessoas, o que é muito bom”, exemplificou, indicando que o mesmo acontece com o jazz.

Na edição deste ano, o concerto de abertura, hoje, às 21:30, é protagonizado pela dupla de pianistas Mário Laginha e Pedro Burmester.

O espetáculo, que une “o jazz de Laginha e o clássico de Burmester”, representa “as diferentes inclinações musicais, experiências e o gosto pelo risco” de ambos os músicos, resumiu a organização.

No sábado, à mesma hora, é a vez de subirem ao palco Joana Machado, Marta Hugon e Mariana Norton, através do seu projeto Elas e o Jazz.

As artistas “transportam para o palco o amor comum pelo jazz”, num projeto que “recria o universo contemporâneo da Broadway e dos clubes de jazz de Nova Iorque”, segundo os promotores.

A fadista Joana Amendoeira é a proposta para dia 19, apresentando um espetáculo evocativo de Ary dos Santos, e o encerramento do festival, no dia seguinte, está a cargo da cantora Sara Tavares, que está “hoje diferente do que” mostrou “há 20 anos atrás” e que, com o tempo, “criou a sua própria sonoridade”.

“Caracterizam-na a forte ligação às suas raízes cabo-verdianas, o seu amor pelo soul e a sua facilidade com a melodia, que no conjunto contribuem para que a sua música seja uma verdadeira música do mundo”, resumiu a organização.