“Terra Adentro – A Espanha de Joaquín Sorolla” é o título desta mostra de “um pintor extraordinário, mas pouco conhecido em Portugal, e que o MNAA sempre desejou expor”, sublinhou o diretor do museu, António Filipe Pimentel, na visita guiada aos jornalistas realizada na quarta-feira.
Nas obras que fazem parte da mostra do artista nascido em Valência, – quase na totalidade provenientes do Museu Sorolla, em Madrid, com mais três de coleções particulares de Espanha – predominam as paisagens que gostava de pintar ao ar livre, durante as viagens que realizou em Espanha, na viragem do século XIX para o século XX.
A natureza atravessa as obras em exposição, mas além das paisagens, também são apresentadas pinturas da vida quotidiana, grandes cidades, como Toledo, o mar e as praias, com cenas de brincadeiras estivais de crianças e jovens veraneantes, e há uma sala dedicada às obras de caráter etnográfico, que revelam a Espanha rural e o seu nacionalismo estético, de inspiração regionalista.
De acordo com a comissária da mostra, a investigadora Carmen Pena, esta exposição “é sobre a beleza dos quadros de Sorolla, reveladores de uma cultura, e de uma certa época em Espanha”.
“Ele movia-se num círculo de artistas regionalistas, que, na altura, tinham grande importância, e procuravam a paisagem pura do interior”, apontou a investigadora, recordando que Sorolla gostava de pintar ao ar livre, em grandes telas.
Sublinhou ainda que o artista espanhol – considerado um dos grandes vultos da pintura moderna europeia – obteve grande êxito internacional logo no início da carreira, quando expôs pela primeira vez numa galeria em Paris, com 450 quadros, sucesso que se viria a repetir em exposições nos Estados Unidos.
Esta exposição foi apresentada no Museu Sorolla, em Madrid, em 2016, mas para o MNAA foi criada uma versão mais alargada, com novos núcleos e peças, com o objetivo de dar ao público português uma imagem mais abrangente da obra do artista.
A exposição é inaugurada hoje, às 18:30, e abre ao público na sexta-feira, ficando patente até 31 de março de 2019.
A exposição é organizada mediante um convénio estabelecido entre a Direção-Geral do Património Cultural, o Ministério de Cultura e Desporto, de Espanha, e a Fundação Museu Sorolla.
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