No trabalho agora publicado explica-se que pelo menos um quarto das cerca de 8.000 espécies conhecidas de anfíbios do mundo está em risco de extinção, mas uma nova investigação dá conta que desse total de 8.000 apenas 44% têm avaliações atualizadas e indica que utilizando modelos científicos chega-se a mil espécies adicionais em risco.
A avaliação atualizada do risco de extinção dos anfíbios é muito menos extensa (abrange só 44%) em comparação com as aves e os mamíferos, abrangidos quase a 100%.
No novo estudo, os investigadores usaram atributos ecológicos, geográficos e evolutivos dessas espécies em que existe falta de informação e criaram um modelo de risco de extinção.
“Descobrimos que mais de 1.000 anfíbios com falta de informação estão ameaçados de extinção, e quase 500 em perigo ou em fase critica, a maior parte na América do Sul e no Sudeste Asiático. São necessárias ações urgentes de conservação para evitar a perda dessas espécies”, disse Pamela González-del-Pliego, da Universidade de Sheffield (Reino Unido) e da Universidade de Yale (Estados Unidos), citada num comunicado de apresentação do estudo.
De acordo com a responsável, a equipa de trabalho encontrou 2.200 espécies de anfíbios sobre as quais os dados sobre riscos de extinção eram insuficientes. Usando informação disponível sobre a ecologia, a geografia e os atributos evolutivos dessas espécies, a que se juntaram dados sobre a relação com o risco de extinção, foi possível prever que quase um terço desse total estaria ameaçado de extinção.
O estudo indica também que algumas das espécies mais vulneráveis podem estar nesse grupo mais mal conhecido. Mas sugere que em algumas partes do mundo os esforços para proteger espécies ameaçadas bem conhecidas poderão estar a beneficiar igualmente as espécies menos estudadas.
Comentários