Este barco, enterrado numa cama de pedras perto de uma Mastaba - sepultura que tradicionalmente abrigava personalidades importantes do Egito Antigo - deve "pertencer ao dono do túmulo, uma pessoa de altíssimo escalão", comentou o chefe da missão, Miroslav Barta.
Abusir, a cerca de 20 quilômetros ao sul do Cairo, é um sítio arqueológico que contém pirâmides de vários faraós, mas num tamanho muito menor do que as de Gizé, que ficam nos arredores do Cairo.
Como a sepultura "não está localizada imediatamente ao lado de uma pirâmide real, o proprietário do túmulo provavelmente não era um membro da família real", continuou o texto, evocando uma "descoberta notável que contribuirá para compreender" técnicas de construção de barcos no Antigo Egito e que lugar ocupavam nos rituais funerários. "Porque onde há um barco, pode muito bem haver muitos outros", comemorou Barta, do Instituto Checo de Egiptologia, que prevê novas escavações na área. "Mesmo que o barco esteja localizado a cerca de 12 metros do Mastaba, a orientação, o tamanho e as cerâmicas mostram que existe uma ligação clara entre esta sepultura e o barco, os dois com data do final da terceira ou do início da quarta dinastia", explicou o comunicado.
"As pranchas de madeira foram mantidas juntas por estacas que ainda são visíveis na posição original", disse o departamento de Antiguidades. "Algumas das cordas que seguravam a estrutura do barco ainda estão no lugar", salientou a mesma fonte.
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