Em comunicado, a organização do prémio literário, que já distinguiu autores como Mário Cláudio, Luísa Costa Gomes, Armando Silva Carvalho, Jacinto Lucas Pires e Maria Velho Costa, explicou que "Oblívio" foi distinguido pelo "trabalho textual, muito depurado, assumindo uma linguagem de timbre clássico, para melhor encontrar uma clara modernidade de temas e formas".
Segundo explica o júri, no texto de decisão, a obra distingue-se também "pelas "evidências cultas, sensíveis, de uma criação poética que não se alheia do quotidiano nem da emoção".
Daniel Jonas é poeta, dramaturgo e tradutor. Enquanto poeta, distinguiu-se pelas obras "Oblívio", onde retoma a forma soneto, "Sonótono", que lhe valeu o prémio PEN de Poesia, "Bisonte" e "Nó", Grande Prémio de Poesia Teixeira de Pascoaes da Associação Portuguesa de Escritores.
Traduziu várias obras e vários autores, entre os quais John Milton, Shakespeare, Waugh, Pirandello, Huysmans, Berryman e Dickens, e recebeu um prémio pela tradução do "Passageiro Frequente", do poláco Michal Lipszyc, que lhe garantiu a nomeação para o Prémio Europeu da Liberdade.
Como dramaturgo publicou "Nenhures" e escreveu ainda "Estocolmo", "Reféns" e o libreto "Still Frank", todos encenados pela companhia Teatro Bruto.
Em 2012, Daniel Jonas foi distinguido com o Prémio Europa David Mourão-Ferreira, da Universidade de Bari/Aldo Moro, pelo conjunto da obra.
O Grande Prémio de Literatura dst foi instituído há mais de duas décadas pelo dstgroup e afirma-se ano após ano como um dos mais importantes no panorama cultural português, sendo entregue de forma rotativa, um ano distingue poesia, no ano seguinte prosa.
O prémio será entregue no dia 29 de junho, numa cerimónia integrada na Feira do Livro de Braga.
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