"Avatar: O Caminho da Água", a muito aguardada sequela de James Cameron, chegou finalmente aos cinemas nacionais. Neste episódio do podcast Acho Que Vais Gostar Disto, sem grandes spoilers, falámos do legado do filme original (que deixou toda uma comunidade depressiva com a sua beleza) e da possibilidade deste segundo ser o maior espetáculo visual alguma vez visto num ecrã de cinema.
Super-mini-recap de "Avatar" (2009): Ficámos a conhecer os Na'Vi, uma raça sapiente extraterrestre azul de pele bioluminescente com três metros de altura que habita em Pandora, uma lua visualmente exuberante e colorida num estilo neon — que os humanos, conhecidos por aqui como a Gente do Céu, invadiram à procura de um mineral super valioso (Unobtanium). Deu-se uma batalha gigante, houve um romance interespécie, o filme tornou-se no mais rentável da história e esperamos 13 anos pela sequela.
Porquê tanto tempo? Bem, tal como aconteceu com o primeiro filme, a tecnologia existente não conseguia acompanhar a visão técnica de Cameron. Segundo o realizador, para dar corpo a esta sequela, foram necessárias novas câmaras subaquáticas, novos sistemas de captura de movimento, novos algoritmos. Basicamente, foi preciso esperar por todo um novo suporte de tecnologia que conseguisse transformar as filmagens reis de atores humanos numa piscina em excelsas paisagens digitais com alienígenas azuis gigantes a cavalgar um bicho semelhante a uma portentosa baleia extraterrestre.
A espera foi longa. Aliás, foi tão longa que pelo meio deu tempo de abrir um parque temático de Pandora na Disney antes de estrear esta sequela (quem não quereria andar nisto?). Mas Cameron quis demorar o seu tempo "para arrebatar" as expectativas dos espectadores ao introduzir as águas desta lua durante mais três horas. E a sua confiança que o vai conseguir é tal, que quando foi questionado se tinha receio que as pessoas saíssem a meio da sessão para ir à casa de banho, respondeu que "não tinha problemas" com isso porque a pessoa em causa teria a oportunidade de ver a cena... quando "voltasse ao cinema" para ver o filme uma segunda vez.
Curiosidade: Kate Winslet voltou a reunir-se com o realizador 25 anos depois do sucesso de "Titanic" para durante a rodagem bater o recorde de Tom Cruise (que ele estabeleceu enquanto fazia "Missão Impossível: Nação Secreta") ao suster a respiração durante mais de sete minutos — ainda que confesse ter sentido que ia morrer durante o processo.
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