A impossibilidade de adaptar o modelo aos novos parâmetros de segurança e de emissões de poluentes fez com que a produção do Defender chegasse ao fim. O final foi assinalado hoje por uma breve cerimónia na fábrica de Solihull.
Mais de dois milhões de unidades foram produzidas pela britânica Jaguar Land Rover (JLR) desde o Land Rover original, em 1948. O Defender é um autêntico orgulho britânico exportado para o resto do planeta. À BBC, Simon Collins, do Clube Land Rover, uma associação de fãs da marca, afirmou que "é a morte de um ícone".
Extremamente resistente e robusto, o Defender ainda é utilizado por muitos serviços de emergência ao redor do mundo e está presente em vários cenários de guerra.
Ao mesmo tempo, é possível encontrar o veículo em bairros de luxo de Londres, assim como constatar a sua presença em muitos filmes, como o recente "Operação Skyfall", de James Bond. Até a rainha de Inglaterra conduz o Defender. Isabel II é fã do jipe e dirige-o desde que assumiu o trono em 1952.
"É um carro que transcende as classes sociais. Todos podem conduzi-lo, do camponês que tenta atravessar um campo com lama até à rainha quando percorre Windsor. Tem o dom de não destoar em Chelsea ou numa zona de guerra", afirmou Jim Holder, editor das revistas "Autocar" e "What Car?". "Mas a verdade é que já não era tão vendido", completou o jornalista.
Ainda não há muita informação sobre o modelo que irá substituir o Defender. Especialistas da área acreditam que será muito diferente do original, enquanto Dave Phillips, editor da revista mensal da Land Rover, considera que "pode ser tão versátil” como o antigo.
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