Esta é a 16.ª edição do IndieLisboa, com cerca de 250 filmes a exibir em várias salas da capital, destacando-se a retrospetiva dedicada à atriz Anna Karina, considerada um dos símbolos da nova vaga do cinema francês dos anos 1960. Karina estará em Lisboa por alguns dias para acompanhar alguns dos filmes a exibir.
Este ano, o IndieLisboa contará com mais de 50 filmes portugueses, presentes em toda a programação, entre estreias mundiais, estreias nacionais e primeiras obras.
Destaque para vários filmes já exibidos em festivais internacionais, como “Past Perfect”, de Jorge Jácome, “Campo”, de Tiago Hespanha, e “Alva”, de Ico Costa, todos agora em competição.
Haverá ainda uma antestreia de “Hotel Império”, de Ivo M. Ferreira, no âmbito de um programa dedicado aos 20 anos da transferência administrativa de Macau para a China, e a estreia da curta “Invisível Herói”, de Cristèle Alves Meira, antes de seguir para o festival de Cannes.
Numa “missão prospetiva”, como afirmou a direção do festival, será feito ainda um olhar sobre o recente cinema brasileiro a partir de escolhas de trinta filmes.
É neste programa que serão mostrados filmes de Petra Costa, Helvécio Marins Jr., Gustavo Vinagre e Rodrigo Carneiro e André Novais Oliveira. Alguns deles estarão presentes numa mesa-redonda, no dia 11 de maio.
No “IndieMusic”, entre outros, será mostrado o documentário “Ela é uma música”, de Francisca Marvão, que contará com um concerto, no dia 10, nas Carpintarias de São Lázaro, com mulheres que fizeram e fazem o rock nacional: Lena d’Água, Adelaide Ferreira, As Gaijas, The Dirty Coal Train, Anarchicks, Panelas Depressão, Clementine, Decibélicas, Matriarca Paralítica e Aurora Pinho.
No IndieJúnior, um festival dentro do IndieLisboa, estão previstas duas sessões especiais para os mais novos: uma composta por ‘curtas’ clássicas do cinema polaco de animação, dos anos 1960, e um filme-concerto com um trio de músicos da Casa da Música a tocarem para filmes de Charles Chaplin e Buster Keaton.
No âmbito do festival será exibida em Portugal a vídeo-instalação “Walled Unwalled”, do artista jordano Lawrence Abu Hamdan, um dos quatro finalistas do prémio Turner 2019, anunciados na quarta-feira.
A obra, citada pelo júri do prémio, examina uma série de casos legais em que foram obtidas provas em paredes, portas e pavimentos, demonstrando que estas estruturas são reveladoras por si mesmas, e estabelecem cada vez menos barreiras entre o espaço público e privado.
Em 2016, o festival IndieLisboa apresentara outra curta-metragem de Hamdan, “Rubber Coated Steel”, um documentário sobre a morte de dois adolescentes palestinianos e a investigação feita pela organização Defence for Children International.
O IndieLisboa decorrerá até ao dia 12, na Culturgest, no Cinema São Jorge, na Cinemateca Portuguesa, no Cinema Ideal e nas Carpintarias de São Lázaro, onde desembocará a programação paralela de concertos e festas.
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