A organização revelou hoje, na Feira do Livro de Frankfurt (Alemanha), a lista de nomeados para o prémio e dela fazem parte Maria Teresa Maia Gonzalez, nomeada pela segunda vez consecutiva, e André Letria, ilustrador e editor pela primeira vez nomeado.
O Prémio ALMA, criado em 2002 pelo governo da Suécia em honra da escritora Astrid Lindgren, tem um valor monetário de 570 mil euros e pretende reconhecer o trabalho de um autor, ilustrador ou organização na promoção da leitura e do livro infanto-juvenil.
O nome de André Letria foi proposto pela Direção-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas (DGLAB), sublinhando a premiada carreira de mais de duas décadas na ilustração.
A escolha "tem a ver com a qualidade pioneira, empenhada e sensível do seu trabalho". "No seu percurso há uma permanente pesquisa e depuração formais a favor da mensagem e da capacidade que é convocada no leitor para a construir", justifica a DGLAB na proposta enviada à organização.
Nascido em Lisboa, em 1973, André Letria já ilustrou dezenas de livros para crianças - e que são também para adultos -, tendo sido distinguido, por exemplo, com o Prémio Gulbenkian e o Prémio Nacional de Ilustração. É ainda fundador e editor da editora Pato Lógico.
José Saramago, José Jorge Letria, Alice Vieira, Chico Buarque e Ricardo Henriques são alguns dos autores com quem André Letria já trabalhou.
Maria Teresa Maia Gonzalez, nascida em Coimbra, em 1958, dedica-se à literatura para a infância desde finais dos anos 1980. "A lua de Joana", "Profissão: Adolescente" e a coleção "O Clube das Chaves", em parceria com Maria do Rosário Pedreira, são algumas das obras da autora.
Em anos anteriores, a DGLAB apresentou candidaturas das autoras Alice Vieira e Luísa Dacosta, dos projetos Palavras Andarilhas, Bibliomóvel de Proença-a-Nova, e Poka Pokani, de Margarida Botelho, a editora Planeta Tangerina e os autores António Torrado e António Mota.
O vencedor do prémio Astrid Lindgren Memorial Award será conhecido em abril, durante a Feira do Livro Infantil e Juvenil de Bolonha, em Itália.
Este ano o ALMA foi atribuído à escritora norte-americana Meg Rossoff.
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