Na edição do ano passado da Web Summit a Delta Cafés, associada a uma startup portuguesa, a Follow Inspiration, apresentou um robô que servia cafés. Este ano, o Qoffe Qar regressou à feira tecnológica que decorre em Lisboa numa versão 2.0. Com nova roupagem, mais uma funcionalidade e uma novidade.
O tradicional “sai uma bica” acompanhado do som do manípulo a bater e os grãos de café a serem moídos é, agora, substituído por um desafio à gravidade. Com o sistema RISE (Reverse System Experience) o café é injetado pelo fundo da chávena. Sim, leu bem. Pelo fundo. E não pinga. E, como que por magia, pelo buraco por onde sobe, o café não desce.
Desenvolvido na íntegra pela Centro de Inovação do Grupo Nabeiro (Diverge) “este sistema de extração invertida do café demorou aproximadamente dois anos” a ver a luz do dia afirmou Rui Miguel Nabeiro, administrador do grupo Nabeiro-Delta Cafés.
No projeto estiveram envolvidas “14 pessoas”. Em relação às expectativas “são enormes” sendo que é um sistema “altamente disruptivo”, sublinhou Rui Miguel Nabeiro.
Para já o RISE está aplicado nos tais robôs (Qoffe Qar 2.0) que estão prontas a funcionar, “numa fase de testes na restauração, abrangendo 6 restaurantes de norte a sul do país”, continuou. Para mais tarde sobre esta nova forma de servir café “poderá ser pensado uma solução “para o lar”.
O café que desafia a gravidade está incorporado, assim, nas máquinas com rodas que levam à mesa esse mesmo café e... sobremesa. A tal novidade da versão de 2018 do projeto conjunto da Delta com a startup nacional.
Na era da robótica e quando muito se tem falado (na Web Summit) de “máquinas”, Luís de Matos, CEO da Follow Inspiration, empresa que desenvolveu com a Delta o robô, garante que este não irá substituir os empregados que habitualmente servem o café e o tradicional doce ou fruta. “Coexistem os dois”, sustenta. “O robô segue o empregado de mesa, facilitando-lhe o trabalho”, reforça o presidente da empresa que é ela mesma dedicada à robótica.
“A tecnologia de seguimento existe desde 2012”, recorda. No caso especifico desta “mesa com rodas” surgiu “após um ano de investigação, logo após o fim da Web Summit passada”, concluiu Luís de Matos.
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