O grupo de telecomunicações americano AT&T anunciou a fusão da WarnerMedia com o grupo Discovery, num acordo que combina "o entretenimento premium e os produtos desportivos e noticiosos da WarnerMedia com a liderança da Discovery em entretenimento internacional e de não-ficção, assim como com os seus negócios desportivos, para criar uma empresa global de entretenimento líder e autónoma", lê-se num comunicado divulgado pelas empresas.
Quando o negócio estiver concluído, a AT&T vai receber 43 mil milhões de dólares e os acionistas vão deter 71% da nova empresa, sendo que os acionistas da Discovery vão deter 29% da mesma.
O objetivo da fusão é a criação de uma plataforma rival para os líderes da indústria, Netflix e Disney+, que viram o número de subscritores aumentar durante a pandemia. Apesar do aumento de subscritores, o abrandamento verificado no crescimento da plataforma de streaming da Disney, entre janeiro e março, gerou preocupação entre os investidores e levou a uma queda no valor das ações do grupo na semana passada.
Em 2018, a AT&T comprou a Time Warner por 80 mil milhões de dólares e mudou o nome para WarnerMedia, proprietária da HBO, estúdios da Warner Bros e canais por cabo como a CNN.
A Discovery, proprietária da Eurosport e de vários canais em mais de 200 países, faturou 10,7 mil milhões de dólares no último ano.
Perante o novo modelo económico, sem publicidade e com assinaturas mensais, vários grupos procuram fortalecer sua oferta para se manterem no mercado. A AT&T, primeira operadora de cabo nos Estados Unidos e segunda operadora móvel, lançou sua própria plataforma de streaming HBO MAX em 2020, e a Discovery lançou o Discovery+ no início do ano.
"A nova empresa poderá investir mais em conteúdos originais para os seus serviços de streaming, melhorar as opções de programação dos seus canais de televisão paga (...) e oferecer mais experiências inovadoras em vídeo, assim como mais opções aos telespectadores", destacaram os dois grupos, no comunicado divulgado hoje.
No final de 2020, a HBO MAX contava com 61 milhões de assinantes, e a Discovery+, 15 milhões, no final de abril. Já a Netflix tinha 204 milhões, e as plataformas Disney (Disney+, ESPN+, Hulu) 146 milhões.
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