“A capa do volante permite medir, nas mãos dos condutores, durante qualquer viagem e, em especial, as viagens mais longas, a resposta galvânica da pele”, explica uma nota de imprensa daquela universidade.
De acordo com o texto, sensores acoplados na capa registam a condutividade elétrica da pele, que funciona como um indicador do estado psicológico e fisiológico, permitindo identificar as alterações na condutividade e relacioná-las com padrões de comportamento humano.
Captados pela capa desenvolvida no Instituto de Materiais da Universidade de Aveiro (CICECO), os sinais são analisados em tempo real por um algoritmo desenvolvido no Instituto Superior Técnico e no Instituto de Telecomunicações.
Este, ao analisar os dados, reconhece ou não sinais associados à fadiga. Nesse caso, o sistema despoleta um alerta para o telemóvel ou para o smartwatch do condutor.
O protótipo transmite os dados via bluetooth, o que permite a emissão de notificações, por exemplo, para um telemóvel ou smartwatch”.
No entanto, a coordenadora do projeto, Helena Alves, antevê que, num futuro próximo, “será possível convergir para cenários em que o sistema está ligado diretamente ao veículo e é o próprio computador de bordo a apresentar as notificações, ou a alterar o comportamento do mesmo”.
“O stress é efetivamente um perigo potencial na estrada. No entanto, os principais riscos que se pretendem prevenir com este trabalho são as distrações e, em especial, a fadiga ao volante”, explica a investigadora.
“Sistemas que contribuam para avaliar o estado dos condutores, no que diz respeito a cansaço e outros parâmetros biomédicos, poderão ter um grande valor acrescentado ao nível da segurança rodoviária”, acrescenta.
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