As ferramentas do gigante tecnológico permitirão aos seus parceiros, organizações públicas e não-governamentais, monitorizar o desflorestamento e fornecer alertas em tempo real sobre incêndios florestais e inundações.
Um dos principais acordos foi assinado com o Instituto Nacional de Investigação Espacial (INPE), a agência governamental brasileira que utiliza imagens de satélite para medir o desflorestamento.
O INPE poderá recorrer às ferramentas de inteligência artificial do Google e às capacidades de processamento de dados em nuvem para identificar os incêndios florestais nos seus níveis mais precoces e ser capaz de tomar rapidamente medidas para impedir a propagação do incêndio.
O gigante tecnológico, que acolheu um evento na cidade brasileira de Belém para anunciar os acordos, também assinou outras parcerias para apoiar várias organizações não-governamentais.
Entre elas, o acordo com o Centro de Referência de Informação Ambiental (CRIA), que dispõe de um banco de dados com 166 milhões de registos de espécies e 4,5 milhões de imagens da Amazónia, que permitirá que estes dados sejam disponibilizados na nuvem para qualquer investigador.
“Vamos também testar a utilização da computação visual, com modelos de inteligência artificial, para pré-classificar milhões de espécies enviadas pelos herbários, para que a rede de taxonomistas do CRIA possa identificar as espécies e adicioná-las ao seu banco”, disse à agência espanhola Efe a diretora global de tecnologia do Google Cloud, Patricia Florissi.
Outro beneficiário será o Instituto do Homem e do Ambiente da Amazónia (Imazon), que será apoiado pela inteligência artificial para analisar os milhares de imagens de satélite que processa, com o objetivo de detetar a construção de estradas na Amazónia.
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