“Dentro do nosso compromisso de apoiar a recuperação económica e fomentar a capacitação de todas as pessoas deste país de maneira inclusiva estamos a anunciar mais de 3.000 certificados de formação ‘online’ em colaboração com a APDC e o Instituto de Emprego e Formação Profissional”, afirmou o diretor regional da Google Portugal, Bernardo Correia, num encontro por videoconferência com os jornalistas.
“Estas formações fazem parte dos certificados profissionais da Google e estão disponíveis na plataforma Coursera e são quatro: apoio técnico de tecnologias de informação, gestão de projetos, análise de dados e ‘design’ de experiência de utilizador”, acrescentou.
Bernardo Correia salientou que foram criados estes cursos nestas áreas porque são de “alto crescimento e de remuneração acima da média”.
São áreas que “geralmente não exigem uma licenciatura de quatro anos e não exigem nenhum requisito de formação ou experiência prévia”, disse, salientado que a APDC e o IEFP vão selecionar as pessoas “que estão mais necessitadas destes cursos”.
São pessoas “desempregadas do lado da APDC e do IEFP e a Fundação da Juventude com o apoio da Google.org focar-se-á em pessoas em situação de exclusão e de vulnerabilidade”, referiu o diretor regional da tecnológica.
“Não queremos deixar ninguém para trás nesta transição digital”, afirmou.
“A ideia destes cursos é serem à velocidade do formando, ou seja, não há aqui um tempo predefinido, o curso tem cerca de 125 horas e nós esperamos que as pessoas façam entre oito a 10 horas por semana”, explicou o diretor regional da Google, adiantando esperar que cerca de oito meses “seja o prazo normal” para acabar um curso deste género.
Esta iniciativa conta com o apoio do Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social.
“Temos nas nossas mãos um dos instrumentos mais poderoso no combate às desigualdades, o digital é dos instrumentos mais determinantes neste momento para garantir que as pessoas não ficam de fora”, afirmou a ministra do Trabalho, Ana Mendes Godinho.
“E o grande desafio é como o aproveitamos da melhor forma e acho que este é um exemplo de como estamos a aproveitar da melhor forma”, garantindo a igualdade de acesso de oportunidade às pessoas, ou seja, a inclusão, disse.
“As competências digitais são absolutamente fundamentais”, salientou, por sua vez, o presidente da APDC, Rogério Carapuça, “não só para terem empregos mais qualificados, mas sobretudo para ter um emprego”.
Hoje, “iniciativas como esta são fundamentais para a vida das pessoas, o nosso papel aqui é procurar as pessoas e montar a máquina que é necessária juntamente com o IEFP e a Google”, explicou Carapuça.
Por sua vez, o presidente do IEFP, António Valadas da Silva, manifestou a sua “satisfação em poder participar” nesta iniciativa, em parceria com a Google e com a APDC, salientando que permitirá “reforçar a qualificação” dos ativos, nomeadamente dos desempregados, de competências digitais.
“É decisivo e crítico para fazer face aos múltiplos desafios com que a sociedade do conhecimento nos coloca e com a transformação digital da economia”, ou seja, “a modificação das relações que isto envolve”, salientou.
A seleção dos candidatos incluirá igualdade de género, ou seja, 50% homens e a outra metade mulheres, com “foco nos desempregados”, disse Sandra Almeida, diretora executiva da APDC.
Além disso, 50% dos candidatos selecionados serão de Lisboa e Porto e os restantes 50% do resto do país.
“Vamos fazer uma monitorização do progresso dos candidatos na plataforma”, acrescentou a responsável, adiantando que a expectativa é atribuir os 3.000 certificados até final do no.
Os candidatos não podem manter-se inativos na plataforma por mais de 15 dias sob pena de perderem o certificado.
Adicionalmente, o Google.org, braço filantrópico da Google, alocará mais de 200 certificados que serão distribuídos pela Fundação da Juventude, com o apoio da INCO, a pessoas em situação de exclusão e vulnerabilidade.
Esta iniciativa “faz parte do esforço para promover a inclusão social e literacia digital em Portugal, projeto em que oferecemos estas bolsas, e faz parte dos compromissos do memorando de entendimento” assinado entre a Google e o Estado português em outubro, salientou o diretor regional.
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