A decisão foi anunciada no momento em que a rede social está no centro de uma polémica internacional associada à empresa Cambridge Analytica, acusada de ter recuperado dados de milhões de utilizadores daquela rede social, sem o seu consentimento, para elaborar um programa informático destinado a influenciar o voto dos eleitores, nomeadamente nas últimas eleições presidenciais norte-americanas, que ditaram a nomeação de Donald Trump para a Casa Branca, e no referendo sobre o ‘Brexit’ (processo de saída do Reino Unido da União Europeia).
A ferramenta de reconhecimento facial, criada em 2010, sugere os nomes das pessoas que identifica nas fotografias publicadas pelos utilizadores, uma função que de acordo com os demandantes não cumpre a lei estadual de Illinois que protege a privacidade biométrica.
O juiz James Donato considerou que as queixas apresentadas pelos residentes de Illinois Nimesh Patel, Adam Pezen e Carlo Licata eram "suficientemente coerentes para procurar a sua resolução de maneira coletiva".
O caso envolve "os utilizadores do Facebook localizados em Illinois, sobre os quais o Facebook criou e armazenou um 'template' de rostos depois de 7 de junho de 2011", afirmou o juiz.
Uma porta-voz do Facebook disse à AFP que a empresa acredita que "o caso não tem mérito". "Vamos defender-nos de maneira vigorosa", disse.
O Facebook é bastante aberto a respeito da ferramenta e permite aos utilizadores ativá-la ou desativá-la para evitar que eles sejam identificados nas fotografias.
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