A GDA – Gestão dos Direitos dos Artistas, Intérpretes ou Executantes, entidade que em Portugal gere os direitos de propriedade intelectual de atores, bailarinos e músicos, convida hoje todos os participantes na Web Summit em Lisboa a juntarem-se à campanha internacional “Fair Internet For Performers – FI4P” (Internet Justa para os Artistas) num stand no interior do Pavilhão de Portugal.
Em causa está o pagamento reduzidíssimo – e, por vezes, inexistente – entregue aos artistas pela utilização das suas obras na internet. A indústria e os intermediários ficam com os muitos milhares de milhões pagos pelos consumidores em todo o mundo.
O stand da GDA no maior evento europeu de internet convida toda a gente a subir a um palco com um microfone, ladeado por um mimo e por uma bailarina, e a afirmar “I support!” – Eu apoio!" Nessa altura é tirada uma fotografia tendo por trás a frase “Fair Internet For Performers”. As pessoas validam depois a foto e, num ecrã gigante, entram numa “app” onde subscrevem a petição e postam a foto que acabaram de tirar no seu próprio mural de Facebook.
“Esta campanha, que estamos a levar em primeira instância ao Parlamento Europeu e à Comissão Europeia, é um primeiro passo para tornar a internet mais justa para os artistas”, afirma Pedro Wallenstein, presidente da GDA. “Em todo o mundo, os intermediários e as indústrias colocaram os consumidores entre si e os artistas, retirando a estes a quase totalidade da remuneração a que têm direito pela utilização das suas obras na internet. Portugal não é exceção”.
A campanha divulga alguns números que ilustram a injustiça contra a qual protestam, tomando por exemplo o mercado francês. Por exemplo, por cada assinatura mensal de 10 euros numa plataforma de música, a indústria recebe mais de 65%, os impostos cerca de 20%, os autores 10%... e os artistas que a tocam e cantam recebem menos de 5% da receita. Os artistas só ganham 100 euros quando as suas músicas são ouvidas mais de um milhão de vezes em “streaming” gratuito.
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