As urnas para as eleições da Assembleia Constituinte na Venezuela abriram hoje às 06:00 horas locais (11:00 horas em Lisboa), num sufrágio marcado pela polémica e que está a ser alvo de protestos da oposição do país.
A oposição chamou os venezuelanos a bloquearem hoje as ruas dos 23 estados da Venezuela, para reduzir a participação nas eleições para a Assembleia Constituinte e poder desmascarar o governo que falará em "milhões de votos".
Mais de 19,8 milhões de venezuelanos estão convocados para irem às urnas hoje para eleger os membros da Assembleia Constituinte, impulsionada pelo Presidente Nicolás Maduro, para modificar e incorporar elementos essenciais da atual Constituição.
A oposição venezuelana reunida na Mesa de Unidade Democrática (MUD) admitiu hoje que, após as eleições para a Assembleia Constituinte deste domingo, virá um "momento duro" de maior conflitualidade, assim como um período difícil para os dirigentes anti-chavistas.
O Comando Zamora 200, controlado pelo Governo venezuelano, anunciou hoje que receberá, através de mensagens de texto, denúncias de pessoas que se afirmem impedidas de votar no domingo para a Assembleia Constituinte devido a protestos da oposição.
O parlamento venezuelano, com larga maioria da oposição, pediu hoje à comunidade internacional que não reconheça o resultado da eleição da Assembleia Constituinte, que decorre domingo sob elevadas medidas de segurança e rejeitada por vários governos.
A procuradora-geral da Venezuela, Luisa Ortega Díaz, advertiu hoje para o risco de a Assembleia Nacional Constituinte (ANC), cuja eleição decorre este domingo, representar "um sistema personalista e totalitário", numa entrevista ao jornal digital local Crónica Uno.
A comunidade portuguesa radicada na Venezuela está apreensiva sobre o futuro próximo da Venezuela, nomeadamente depois das eleições de domingo, sentindo-se no meio de uma polarização política na qual evita envolver-se mas que está a afetar o quotidiano.
O diretor executivo da Amnistia Internacional (AI) Portugal, Pedro Neto, afirmou hoje que os vários sinais expostos na atual situação crise vivida na Venezuela indicam que o país poderá caminhar para uma ditadura.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, gostaria de se distinguir dos seus antecessores eleitos em democracia por não ter usado a ‘bomba atómica’ (dissolução do parlamento), segundo uma entrevista ao Diário de Notícias.
O Governo da Colômbia anunciou que vai conceder uma autorização especial que permitirá regularizar a situação migratória de cerca de 200.000 venezuelanos no país.
O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos pediu hoje que as autoridades da Venezuela respeitem o direito dos cidadãos à liberdade de expressão, assembleia e manifestação pacífica.
Pelo menos 113 pessoas morreram desde 01 de abril na Venezuela, no âmbito de protestos contra o Governo do Presidente Nicolás Maduro, que decorreram em várias localidades e que hoje continuam com uma "tomada" do país, contra a Assembleia Constituinte.
O ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, disse hoje ser "totalmente falso" que Portugal se tenha oposto à criação de um consenso da União Europeia sobre a situação política na Venezuela.
O ministro dos Negócios Estrangeiros português alertou hoje para a necessidade de os jornalistas "conhecerem e respeitarem" as regras de entrada em qualquer país, depois de uma equipa da SIC ter sido impedida de entrar na Venezuela.
A oposição venezuelana inicia hoje uma "tomada" do país que se vai prolongar durante três dias, em protesto contra a proibição de manifestações públicas e contra as eleições para a Assembleia Constituinte, previstas para domingo.
A equipa da SIC que foi retida no aeroporto à chegada a Caracas, vai iniciar a viagem de regresso a Portugal, nas próximas horas, disse uma fonte diplomática à agência Lusa.
A oposição venezuelana recusou hoje a proibição de manifestações decretada pelo Governo e avisou que, em resposta, ampliará o protesto previsto para sexta-feira, passando de uma "tomada de Caracas" para uma "tomada da Venezuela".
O Governo venezuelano proibiu hoje a realização de manifestações a partir de sexta-feira e advertiu sobre penas de prisão de cinco a dez anos para quem perturbe as eleições da Assembleia Constituinte, agendadas para domingo. Várias equipas de jornalistas estrangeiros, incluindo portugueses, terão ta
A capital da Venezuela estava hoje, pela manhã, praticamente paralisada no segundo dia de uma greve geral em que confrontos, no primeiro dia, entre forças de segurança e opositores do Presidente, resultaram em três mortos.
As companhias aéreas Avianca e Delta Airlines informaram as autoridades aeroportuárias venezuelanas de que vão deixar de voar para a Venezuela, foi anunciado na quarta-feira.
Um grupo de 13 países-membros da Organização dos Estados Americanos (OEA) instou esta quarta-feira o governo da Venezuela, liderado por Nicolas Maduro, a suspender a eleição para a Assembleia Constituinte, prevista para 30 de julho.
Os Estados Unidos anunciaram sanções contra 13 venezuelanos, numa tentativa de dissuadir o Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, de avançar com as eleições para uma Assembleia Constituinte no domingo.