A Ucrânia solicitou hoje que o Conselho de Segurança se reúna na terça-feira para abordar os referendos de anexação que a Rússia convocou em várias regiões, considerando que são uma "violação brutal" da Carta da Nações Unidas.
A Rússia admitiu hoje a existência de uma fila de cerca de 2.300 veículos na fronteira com a Geórgia, que esperam na Ossétia do Norte para passarem pelo desfiladeiro Verjni Lars, o único entre os dois países.
O ministro dos Negócios Estrangeiros da China, Wang Yi, pediu hoje, na Assembleia Geral da ONU, que a Ucrânia e a Rússia não deixem a guerra "transbordar" e protejam os direitos e interesses legítimos dos países.
Mais de 680 pessoas foram detidas hoje em novos protestos contra a mobilização parcial decretada na quarta-feira pelo Presidente russo, Vladimir Putin, para reforçar as tropas na Ucrânia, segundo organizações independentes.
As autoridades pró-russas no leste e sul da Ucrânia referem uma participação elevada no primeiro dia de votação dos referendos de anexação, hoje no seu segundo dia, enquanto residentes e fontes ucranianas denunciam coação para participar na consulta.
O Presidente russo, Vladimir Putin, assinou hoje emendas ao Código Penal que preveem até 10 anos de prisão para os militares que se rendam ou se recusem a combater em período de mobilização.
O vice-ministro da Defesa russo, o general do Exército Dmitri Bulgákov, responsável pelo abastecimento e munições, foi demitido do cargo, informou hoje a Defesa, em comunicado.
As autoridades da região ucraniana de Jerson, sob controlo da Rússia, denunciaram que os militares presentes na zona obrigam a população a votar várias vezes no referendo de adesão a Moscovo proposto pelas autoridades pro-russas.
Iuliia Mendel, ex-assessora do Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, defendeu hoje em entrevista à Lusa que "a Rússia já falhou" os seus objetivos na guerra da Ucrânia e que a mobilização de reservistas é "um sinal de desespero".
Muitos dos ucranianos entregues a Kiev por Moscovo na grande troca de prisioneiros de guerra foram "brutalmente torturados" durante o cativeiro, denunciou hoje um alto funcionário do Governo da Ucrânia.
Os chefes da diplomacia russa e norte-americana trocaram hoje acusações numa reunião do Conselho de Segurança sobre a Ucrânia, com Serguei Lavrov a acusar o ocidente de falsas narrativas e Antony Blinken a pedir responsabilização pela guerra.
O primeiro-ministro húngaro, o ultra-nacionalista Viktor Orban, quer que as sanções da União Europeia (UE) contra a Rússia sejam levantadas até dezembro e vai organizar uma "consulta nacional" sobre o assunto.
O parlamento da Rússia apelou hoje à Assembleia Geral das Nações Unidas, ao Parlamento Europeu e aos vários líderes mundiais para condenarem as ações dos Estados Unidos e da NATO no âmbito da guerra na Ucrânia.
O Presidente português considerou hoje que as ameaças do Presidente russo sobre uma escalada nuclear da guerra na Ucrânia têm de ser encaradas “com serenidade” e que associou as palavras de Putin à realização da Assembleia-Geral da ONU.
O líder da Chechénia, Ramzan Kadyrov, considerou hoje que o apelo do Presidente russo Vladimir Putin à mobilização militar parcial colocou "a elite de Kiev e toda a NATO numa situação desesperada", em mensagem divulgada no Telegram.
O presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, reagiu às declarações de Vladimir Putin, que avançou esta quarta-feira com uma mobilização parcial de tropas na reserva e deixou uma ameaça velada sobre o uso de armas nucleares.
Uma petição contra a mobilização, parcial ou total, na Rússia, reuniu mais de 179.000 assinaturas na plataforma Change.org, cujo número disparou após o Presidente russo, Vladimir Putin, ter mobilizado 300.000 reservistas para a Ucrânia.
O conselheiro do Presidente ucraniano afirmou hoje que a mobilização de reservistas anunciada hoje pela Rússia contraria todos os planos iniciais de Moscovo, que esperava que a agressão demorasse apenas três dias até a Ucrânia sucumbir.
A embaixadora norte-americana na Ucrânia, Bridget Brink, considerou hoje que o anúncio da mobilização parcial de cidadãos na Rússia e os referendos para a anexação de territórios ucranianos são um "sinal de fraqueza, de fracasso” das autoridades russas.
O avião que transporta o chefe da diplomacia da Rússia para Nova Iorque, onde participará na Assembleia Geral da ONU, terá de evitar o espaço aéreo dos países que o encerraram aos aviões russos devido à guerra na Ucrânia.
Os EUA e a NATO disseram hoje que a convocação de referendos sobre a anexação das autoproclamadas repúblicas de Donetsk e Lugansk, e das administrações de Kherson e Zaporijia, na Ucrânia, é sinal de fraqueza da Rússia.
O Secretário-Geral da ONU António Guterres manifestou pessimismo sobre o final a curto prazo da guerra na Ucrânia e exortou a China a restaurar as condições para que os direitos humanos da comunidade muçulmana uigur sejam respeitados.