O primeiro-ministro reconheceu hoje que a realidade dos trabalhadores agrícolas em Odemira (Beja) “não é nova” e que havia trabalho feito na área da habitação, mas a pandemia de covid-19 “consumiu” recursos, energia e tempo.
O primeiro-ministro considerou hoje que se, no início do próximo ano, regressar a Odemira e já observar trabalho feito para “habitação condigna” de trabalhadores agrícolas, isso significará que o Governo retirou “as devidas consequências políticas” da atual situação.
O anuncio foi feito por Marcelo Rebelo de Sousa e a informação seria confirmada pouco depois pelo primeiro-ministro, António Costa. A cerca sanitária nas freguesias de Longueira-Almograve e São Teotónio, em Odemira, vai ser levantada às 00h00 de quarta-feira.
Duas empresas agrícolas na freguesia de Longueira-Almograve, no concelho de Odemira (Beja), que tem uma cerca sanitária devido à pandemia de covid-19, têm parte da produção comprometida, por falta de mão de obra para as colheitas.
O ministro do Ambiente e Ação Climática afirmou hoje que houve "uma redução objetiva", para metade, das áreas que podem ser impermeabilizadas em Odemira com estufas de agricultura intensiva nos últimos dois anos.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, afirmou hoje, em Caminha, que é preciso retirar “muitas consequências políticas” do caso dos imigrantes de Odemira.
A GNR controlou hoje de manhã o acesso de cerca de mil trabalhadores na cerca sanitária em duas freguesias do concelho de Odemira e rejeitou a entrada ou saída de 83, que não apresentaram testes negativos à covid-19.
Na passada sexta-feira, o Supremo Tribunal Administrativo notificou o Governo, que teria 10 dias para responder. De acordo com a RTP, o executivo enviou essa reposta ontem.
Os mariscadores que apanham amêijoa japonesa no Tejo podem vir a ser uma "bomba relógio" no que diz respeito a novos casos de infeção por covid-19, uma vez que muitos deles deverão viver sem condições sanitárias.
As autoridades já identificaram mais de 100 alojamentos para trabalhadores agrícolas no concelho de Odemira (Beja), onde vivem mais de 300 pessoas, em situação de sobrelotação ou insalubridade, revelou hoje o presidente da câmara.
O presidente da Câmara de Odemira, José Alberto Guerreiro, revelou hoje que vai exigir ao Governo o fim "imediato" da cerca sanitária decretada para duas freguesias do concelho, por considerar que "a situação está controlada".
O Presidente da República considerou hoje que o problema da imigração foi "o mais evidente" em Odemira e que a sociedade "prefere ver a ponta do `iceberg´" a discutir a "parte fundamental" que é ver as condições sociais.
A coordenadora do Bloco de Esquerda considerou hoje que o ministro Eduardo Cabrita “não esteve bem” na gestão da situação de Odemira, mas acusou a direita de “desviar as atenções do problema” com os pedidos de demissão.
A GNR fiscalizou hoje de manhã a entrada de um total de 792 trabalhadores na cerca sanitária em duas freguesias do concelho de Odemira e recusou a entrada a 155, por não apresentarem testes negativos à covid-19.
A Assembleia Municipal de Odemira (Beja) exigiu hoje ao Governo a adoção de sete medidas estruturais e quatro medidas de combate à pandemia de covid-19 no concelho, como o fim da cerca sanitária em duas freguesias.
O secretário-geral do Partido Comunista Português (PCP), Jerónimo de Sousa, atribuiu hoje responsabilidades ao primeiro-ministro pela situação que se vive em Odemira, que levou já vários partidos políticos a pedirem a demissão do ministro da Administração Interna.
A presidente da Junta de Freguesia de Longueira-Almograve considerou hoje “não exequível” o despacho do Governo que permite a entrada e saída daquele território mediante a apresentação de comprovativo de teste negativo à covid-19.
O presidente da Câmara de Odemira (Beja), José Alberto Guerreiro, disse hoje que já foram realojados 23 dos 49 trabalhadores agrícolas imigrantes que se encontravam no complexo turístico Zmar e na Pousada da Juventude de Almograve.
Os proprietários de habitações no complexo turístico Zmar, em Odemira (Beja), defenderam hoje o fim da requisição civil, na sequência da saída de alguns trabalhadores agrícolas imigrantes daquele espaço para outras residências.
As entradas e saídas para trabalhar ou apoiar idosos nas freguesias de Odemira sob cerca sanitária passam a ser permitidas, mas ficam dependentes de teste negativo à covid-19, medida em vigor a partir das 08:00 de hoje.
O Supremo Tribunal Administrativo já emitiu a notificação ao Governo para responder à providência cautelar contra a requisição do Zmar, em Odemira, devendo o executivo impedir que se proceda ou continue a proceder "à execução do ato".
Um dos 28 imigrantes que se encontrava no Zmar, em Odemira (Beja), já foi hoje realojado e mais cinco "estão a ser agora", para "residências disponibilizadas por empresas", revelou à agência Lusa fonte da câmara.
O líder do PSD, Rui Rio, disse hoje, em comentário à situação que se vive em Odemira, que se fosse primeiro-ministro, o ministro Eduardo Cabrita “não tinha condições para estar no Governo” porque tem tido um desempenho “muito fraco”.
O bispo de Beja, João Marcos, afirmou hoje que os trabalhadores migrantes em explorações agrícolas como as de Odemira já vivem em condições precárias “há “muitos anos”, embora o problema só tenha “rebentado agora”.