O presidente de Cabo Verde visitou hoje, no Zambujal, Amadora, a família de Odair Moniz, cabo-verdiano de 43 anos baleado mortalmente, há um mês, por um agente da PSP, na Cova da Moura.
A família de Odair Moniz, morto por um agente policial há um mês, apresentou na quinta-feira uma queixa contra a Polícia de Segurança Pública (PSP) por abuso de poder, disse à Lusa uma das advogadas de defesa.
O presidente da Câmara de Loures, Ricardo Leão, não aceita ser condenado pelas suas declarações sobre o despejo de inquilinos, na sequência da morte de Odair Moniz, realçando que defende valores que fazem dele um homem de esquerda.
Duas pessoas foram detidas na sexta-feira à noite suspeitas de incendiarem caixotes do lixo no concelho da Amadora, distrito de Lisboa, adiantou à Lusa fonte da PSP.
O Chega acusou hoje o Presidente da República de ter tido uma "atuação lamentável" face aos tumultos na Grande Lisboa após a morte de Odair Moniz e quer entregar um "protesto formal" em Belém.
O Presidente da República esteve hoje no bairro do Zambujal, na Amadora, onde visitou a esquadra da PSP e conversou com familiares de Odair Moniz, baleado mortalmente por um polícia na madrugada de 21 de outubro, no Bairro da Cova da Moura.
Os movimentos Vida Justa e Porta a Porta repudiaram hoje as declarações do presidente da Câmara de Loures, Ricardo Leão, que defendeu o despejo dos inquilinos de habitações municipais com participação nos distúrbios que têm ocorrido na Área Metropolitana de Lisboa.
O procurador-geral da República revelou hoje ter pedido celeridade na investigação à morte de Odair Moniz, que desencadeou uma série de desacatos, além de rapidez nas perícias da Polícia Judiciária (PJ) e do Instituto Nacional de Medicina Legal.
A Câmara de Lisboa manifestou hoje pesar pela morte de Odair Moniz, baleado por um agente da PSP no Bairro da Cova da Moura, na Amadora, e solidariedade com o motorista da Carris Metropolitana ferido no âmbito dos tumultos.
Algumas dezenas de pessoas estão hoje na Igreja da Buraca, Amadora, para participar nas cerimónias fúnebres de Odair Moniz, baleado por um agente da PSP na segunda-feira.
Várias comunidades juntaram-se à manifestação, organizada pelo movimento Vida Justa, e caminharam durante cerca de uma hora e meia entre o Marquês de Pombal e a Praça dos Restauradores.
Numa manifestação contra a violência policial e para exigir justiça para Odair Moniz, milhares de pessoas reúnem-se no Marquês de Pombal e irão caminhar até à Praça dos Restauradores.
O Comando Metropolitano de Lisboa da PSP disse hoje que as cerimónias fúnebres de Odair Moniz, baleado por um agente da polícia, terão lugar no domingo, na Buraca (Amadora), e que a PSP vai estar presente de "forma discreta".
A PSP registou 123 ocorrências, deteve 21 cidadãos e identificou 19 desde segunda-feira, no âmbito dos desacatos que se seguiram à morte de um homem por um polícia no bairro do Zambujal, na Amadora, anunciou hoje aquela força.
O presidente da União de Freguesias de Santo António dos Cavaleiros e Frielas, no concelho de Loures, onde esta madrugada ardeu um autocarro, disse hoje à Lusa que a PSP está a reforçar a segurança naquela zona.
Familiares de Odair Moniz, associações de moradores do Bairro do Zambujal, o movimento Vida Justa e outros movimentos sociais convocaram uma manifestação pacífica para o próximo sábado, pelas 15h00, do Marquês de Pombal até à Assembleia da República.
O PCP apresentou hoje um voto de pesar pela morte de Odair Moniz, na segunda-feira, após ter sido baleado por um agente da PSP, pedindo que “as autoridades competentes determinem as circunstâncias da grave e infeliz ocorrência”.
Vizinhos da família de Odair Moniz baleado pela PSP na Cova da Moura, Amadora, acusam a polícia de ter entrada na casa da vítima terça-feira à noite “sem qualquer justificação”, cenário que a força de segurança nega.