O Presidente iraniano, Ebrahim Raisi, realçou esta quarta-feira que os "inimigos" do Irão procuram "desculpas", como a morte da jovem Masha Amini, presa pela polícia de moralidade, para promover "caos e insegurança" através de protestos.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, pediu hoje ao Irão "a máxima contenção" face às manifestações que causaram dezenas de vítimas desde a morte de uma jovem presa pela chamada polícia de costumes.
Os protestos no Irão pela morte de Mahsa Amini causaram já pelo menos 41 mortos e 1.186 detidos após nove dias, enquanto o Governo mobilizou hoje milhares de cidadãos em marchas contra os manifestantes que pedem mais liberdades.
Confrontado pelos jornalistas durante a 77.ª Assembleia Geral da ONU, que decorre em Nova Iorque, o presidente iraniano, Ebrahim Raisi, disse que a morte da jovem será investigada.
A onda de indignação pela jovem que foi detida por infringir as regras de utilização do véu islâmico, e que acabou por morrer no hospital, continua a crescer pelas ruas das principais cidades.