A australiana Fortescue, que requereu a prospeção de lítio na zona de Fojo, que abrange os concelhos de Monção, Melgaço e Arcos de Valdevez, desistiu do pedido e comunicou a decisão à Direção Geral de Energia e Geologia (DGEG).
O Governo vai lançar, até final do ano, oito novos concursos para exploração de lítio em Portugal, garantindo que tais operações não põem em causa a saúde das populações daquelas zonas ou o meio ambiente.
O contrato de exploração de lítio em Montalegre foi assinado hoje entre o Estado português e a empresa Lusorecursos, disse à agência Lusa fonte do Ministério do Ambiente e da Transição Energética.
O secretário de Estado da Energia afirmou hoje que o Governo quer “posicionar Portugal no centro da cadeia de valor” do lítio, não só através da exploração mineira deste recurso, mas também com uma unidade de processamento.
A Lusorecursos disse que a prospeção em Sepeda, Montalegre, revelou um depósito de 30 milhões de toneladas de lítio e que o projeto de exploração prevê um investimento de 400 milhões de euros e a criação de 250 empregos.
A exploração de lítio em Portugal poderá envolver um investimento de 100 milhões de euros da britânica Savannah Resources e arrancar já em 2020, mas a decisão só será tomada no início de 2019, afirmou o presidente executivo, David Archer.
O presidente da Câmara Municipal da Guarda, Álvaro Amaro (PSD), lamentou hoje não ter sido ouvido pelo Governo na estratégia nacional para o lítio, por ser conhecido o "potencial" desta fileira no seu concelho.
O interesse pelo lítio português despertou em 2016, ano em que deram entrada 30 novos pedidos de prospeção e pesquisa deste metal, impulsionado pelo aumento da procura global devido à utilização nas baterias do automóvel elétrico.
O Ministério da Economia (ME) esclareceu hoje que tem um contrato "devidamente válido" com a empresa portuguesa Lusorecursos para a prospeção e pesquisa de lítio na área de Sepeda, no concelho de Montalegre.