O Presidente da República disse hoje que soube da deslocalização da sede do Infarmed para o Porto “na altura em que quem decidiu entendeu que deveria saber”, sublinhando que não intervirá “sobre matéria que é da competência do Governo”.
O ministro da Saúde reafirmou hoje que a intenção de transferir a sede do Infarmed para o Porto já estava definida "há muito tempo", adiantando que o Governo não tinha de informar antecipadamente o Presidente da República desta decisão.
O Presidente da República tomou conhecimento da transferência da sede do Infarmed para o Porto apenas quando a decisão foi anunciada publicamente, segundo uma carta endereçada pela Presidência à comissão de trabalhadores, a que a Lusa teve acesso.
O BE considerou hoje que uma eventual "mudança forçada" do Infarmed de Lisboa para o Porto, contra a vontade dos seus "altamente qualificados" trabalhadores, poderá colocar em causa a própria entidade que garante a "segurança e qualidade" dos medicamentos.
O CDS-PP vai analisar a "legalidade e viabilidade" da transferência da sede do Infarmed de Lisboa para o Porto, disse hoje a deputada Teresa Caeiro, considerando "atendíveis" as razões dos trabalhadores que recusam a mudança.
A vice-presidente da bancada parlamentar comunista defendeu hoje a garantia dos direitos dos funcionários do Infarmed e as condições de funcionamento da Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde.
A Associação Comercial do Porto disse hoje estar “totalmente disponível” para apoiar o processo de transferência do Infarmed para a cidade que, assinala, proporciona “condições de acolhimento e toda a qualidade de vida” a quem nela trabalha.
O PSD quer ouvir o ministro da Saúde no parlamento sobre o anúncio da transferência do Infarmed para o Porto, desafiando o Governo a apresentar um documento que demonstre que a decisão foi tomada antes da candidatura à EMA.
A Comissão de Trabalhadores do Infarmed assegurou hoje que a transferência para o Porto não consta de qualquer documento e alertou que, desde o anúncio feito na terça-feira, já se registam “impactos” na atividade da autoridade nacional do medicamento.
O dossier de candidatura do Porto à Agência Europeia do Medicamento (EMA) dizia que o Infarmed podia colaborar alocando recursos para aquela cidade e que para isso o Governo português investiria 4,8 milhões de euros.
O primeiro-ministro, António Costa, disse, em entrevista à Antena 1, que a decisão de transferir a sede do Infarmed para o Porto já estava tomada e admitiu que a comunicação feita aos trabalhadores “não foi a melhor”.
O ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, garantiu hoje que os direitos dos trabalhadores serão “absolutamente salvaguardados”, na questão da polémica sobre a transferência do Infarmed para o Porto.
O Governo assegurou hoje que a transferência do Infarmed de Lisboa para o Porto será feita com o "devido cuidado" e "acautelando os direitos dos trabalhadores" envolvidos na situação.
O secretário-geral da Federação dos Sindicatos da Administração Pública (FESAP) disse hoje que os trabalhadores do Infarmed não podem ser obrigados a mudar-se para o Porto e que os que aceitarem fazê-lo têm direito a receber dinheiro pelas despesas de deslocação.
A quase totalidade dos funcionários do Infarmed não concorda com a transferência da instituição para o Porto e 92% dizem estar indisponíveis para a mudança, disse hoje o coordenador da comissão de trabalhadores.
O Presidente da República considerou hoje que os avisos de Bruxelas sobre a proposta orçamental são os "do costume" e foram feitos também sobre outras economias, sublinhando que o comissário europeu acrescentou que "Portugal está no bom caminho".
O presidente do PSD afirmou hoje que o partido não se opõe à “intenção” do Governo de transferir o Infarmed para o Porto, mas considera ser medida “desgarrada” para compensar trabalho “mal feito” quanto à Agência Europeia do Medicamento.
O primeiro-ministro, António Costa, definiu hoje como "muito importante" a mudança do Infarmed para o Porto, garantindo haver tempo para a fazer "a contento de todos".
O secretário de Estado Adjunto da Saúde afirmou hoje que a decisão de mudar o Infarmed para o Porto "será equilibrada, refletida e ponderada" e garantiu que serão salvaguardados os interesses dos profissionais daquele organismo.
O presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, disse estar "satisfeito" com o Governo ter tomado hoje uma medida descentralizadora, ao anunciar que a sede do Infarmed se muda para o Porto em janeiro de 2019.
A concelhia do PS/Porto defendeu hoje que a deslocação para o Porto da sede e serviços do Infarmed é um “sinal claro” da descentralização do Governo socialista que assim mostra ser “distinto” de anteriores executivos.
A Madeira será beneficiada da medida introduzida pelo Infarmed e que irá permitir que os doentes diabéticos tipo I usufruam de uma comparticipação em 85% na aquisição dos novos aparelhos de monitorização dos níveis de glicose.
Os doentes com diabetes tipo I vão ter disponível um dispositivo para monitorização dos níveis de glicose que evita as picadas diárias, comparticipado em 85% e que vai chegar a 15.000 pessoas no primeiro ano, anunciou hoje o Infarmed.