A primeira-ministra francesa, Élisabeth Borne, anunciou hoje que o dispositivo de segurança de 45.000 polícias e guardas nacionais para enfrentar os tumultos desencadeados pela morte do jovem Nahel será mantido durante esta noite.
Um fundo criado para apoiar a família do agente da polícia que disparou sobre Nahel, na França, já reuniu cerca de um milhão de euros. A oposição considera a petição um "absoluto horror".
Um bombeiro de 24 anos morreu esta noite quando combatia um fogo que atingia automóveis, em Saint-Denis, Paris, durante os distúrbios que sucedem em vários locais de França, segundo o ministério do Interior.
O presidente da câmara municipal de Nanterre, epicentro da revolta após a morte na terça-feira de um adolescente alvejado pela polícia, apelou hoje à população que siga o apelo da família de Nahel Merzouk para o fim dos protestos.
O ataque à casa de um autarca gerou comoção generalizada em França, neste domingo. Os distúrbios causados pela morte de um jovem de 17 anos baleado pela polícia continuam, embora a violência tenha sido menos intensa do que nas noites anteriores.
Nahel tinha 17 anos e vivia com a mãe em Nanterre, um quarteirão da periferia de Paris onde abunda a pobreza e a exclusão social. Há um número infinito de quarteirões e bairros assim nas periferias de cidades francesas, locais onde os mais jovens se agrupam em comunidades fechadas a quem não é como
A avó de Nahel M., o jovem que foi morto pela polícia nos arredores de Paris, apelou hoje aos manifestantes que parem com os confrontos, após cinco noites de tumultos.
O chanceler alemão, Olaf Scholz, manifestou-se hoje preocupado com a continuação dos tumultos em França, que já levaram ao cancelamento da visita de Estado do presidente francês, Emmanuel Macron, à Alemanha, que deveria iniciar-se hoje.
O Governo francês pediu hoje para que se evitem generalizações sobre a polícia francesa, na sequência do caso da morte, terça-feira, do jovem Nahel numa "operação stop", e garantiu que, em caso de abuso, a justiça investigará.
Depois de um ataque à casa de um Presidente de câmara, durante os disturbios, a Associação de Presidentes da Câmara de França (AMF) convocou um protesto.
Pelo menos 718 pessoas foram detidas e 45 polícias ficaram feridos na quinta noite consecutiva de distúrbios em França por causa da morte de um adolescente abatido na terça-feira pelas forças de segurança, indicou hoje o Ministério do Interior.
O ministro do Interior francês, Gérald Darmanin, anunciou que vai ser mantida hoje a mobilização de 45.000 polícias e guardas nacionais para enfrentar os tumultos que agitam o país desde terça-feira.
Numa França a ferro e fogo pelo quinto dia consecutivo após a morte de um jovem baleado pela polícia, o ministro da Justiça, Éric Dupond-Moretti, não poupou nas palavras face á publicação de conteúdo nas redes sociais de incentivo à violência nas ruas.
“O presidente francês Macron falou hoje ao telefone com o Presidente alemão Steinmeier e informou-o sobre a situação no seu país. O presidente Macron pediu o adiamento da sua visita de Estado prevista para a Alemanha”, indicou a presidência alemã em comunicado citado pela AFP.
Centenas de pessoas estão concentradas em frente à Grande Mesquita de Nanterre para participarem nas cerimónias fúnebres de Nahel Merzouk, de 17 anos, baleado por um polícia, na terça-feira, e cujo homicídio gerou uma onda de violentos protestos.
O Ministério do Interior francês atualizou hoje de 994 para 1.311 o total de detenções feitas na sexta-feira ligadas aos tumultos que assolam a França desde terça-feira, desencadeados pela morte de um jovem de 17 anos abatido pela polícia.
O Governo francês anunciou hoje que 45.000 agentes das forças de segurança foram mobilizados para prevenir episódios de violência no país nas próximas duas noites (hoje e sábado).
Os motins em várias cidades de França estão a afetar a comunidade portuguesa, com festas do período antes das férias a serem anuladas e "muita preocupação" entre quem vive perto das zonas onde há mais conflitos.
O secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, Paulo Cafôfo, disse hoje à agência Lusa que “nenhum cidadão português foi afetado” pelos tumultos dos últimos três dias em França.