Fruto dos necessários entendimentos para chegar ao poder, António Costa trocou a sua "visão para a década" pelo orçamento possível para os próximos nove meses. Pouco ou nada resta dos planos iniciais dos socialistas, que eram um guião consistente, independentemente de se concordar ou não com a sua b
Eco. Três letras. Vinha a calhar dobrar o "c" para ganhar a grafia italiana, ecco: eis, aqui está! Eco, Umberto Eco é o sábio que nos enquadra o mundo em que vivemos e que nos ajuda a compreender muito do que ficou para trás. Soube não se fechar numa torre de marfim da sabedoria, escolheu meter-se c
David Cameron conseguiu o acordo que queria, e que precisava de ter, com os outros líderes europeus para defender a continuação do Reino Unido na União Europeia. Graças a mais uma mão-cheia de exceções, particularmente o estatuto especial do país na zona euro e a defesa de mecanismos de supervisão b
Achei interessante ir ler, no Facebook, o que se diz de Umberto Eco. Soa-me como a vingança. O homem que abominava as redes sociais – 'deram o direito a falar a legiões de idiotas' – não escapou, na sua morte, ao escrutínio das mesmas. Mas presto-lhe vassalagem. Ele tinha razão quando disse – e se m
Os alimentos orgânicos são um requinte da civilização ou a salvação da Humanidade? O que não falta são pessoas a seguir dietas específicas, seguindo as suas próprias convicções ou a conselho de nutricionistas. Os supermercados abrem secções de alimentos "orgânicos" e as lojas da especialidade multip
Não sou fã de concursos, nunca acreditei na sorte ao jogo e talvez por isso não senti qualquer emoção forte quando, a 6 de fevereiro de 2014, o Governo de Passos Coelho aprovou a criação de um sorteio chamado "Fatura da Sorte" com a finalidade de "valorizar e premiar a cidadania fiscal dos contribui
A notícia começa a ser recorrente: um jornal que decide "migrar" para o digital e deixar a versão em papel impresso, ou mesmo (como aconteceu com a revista FHM) fechar de vez e terminar um ciclo de vida. Esta semana, depois de meses de boataria, foi o britânico The Independent - e o excelente domini
O conservadorismo moral e comportamental é absolutamente legítimo e cada um deve praticar o que quer para si. O que já não é legítimo é que os que o escolhem para si no uso da sua inalienável liberdade e em nome do ideal de sociedade que defendem, o queiram impor ao resto dos cidadãos.
A campanha presidencial em curso nos Estados Unidos da América sugere uma questão: como é que em Portugal estamos a lidar com os nossos mais velhos? Seria possível, numa sociedade como a nossa, tão deslumbrada com o culto de quem é jovem e telegénico, como fica evidenciado no sistema mediático, term
António Costa entrou em São Bento a promover uma viragem na página da austeridade, uma coisa que, como sabemos, nem chegou a ser, a página foi, no limite, virada do avesso com este orçamento e a respetiva errata. Ficou um governo à medida, à medida dos funcionários públicos, dos pensionistas e dos e
Fazer rir é difícil. É muito mais difícil do que fazer chorar. Fazer humor é, por inerência, mais difícil do que fazer drama e em Portugal é ainda mais difícil. Desde a falta de inteligência até ao excesso de preconceitos, vale quase tudo para que vingue o grande desígnio da nação que é, continua a
Houve um tempo em que ter carro era coisa de rico. Reconheço a ideia em filmes dos anos 40 e 50 do século passado, e em muitos romances que recuam a essas décadas. Mas não era nascido na época em que o mundo ocidental considerava o automóvel um objecto de luxo.
Este título deveria ser em português, mas ficava "A Revolta das Ratinhas chega à América", o que, convenhamos, ou não faz sentido, ou fica abaixo dos nossos padrões de decência e bom gosto.
Quando se diz que a função pública pode trabalhar menos 12,5% do tempo sem acréscimo de custos, não se está directamente a desvalorizar o trabalho no Estado, a sua qualidade e a produtividade dos funcionários? Então o que têm os funcionários públicos feito durante as 20 horas mensais adicionais em
Quem são os odiados oito do novo filme de Quentin Tarantino, com esse título? Confundem-se criminosos e representantes da lei, ainda que quase ninguém seja quem diz ser. Todos são racistas, tanto os crápulas brancos como o vingativo major negro veterano da guerra civil. O filme é um western glacial
António Costa mudou as regras de formação de governos e, agora, também mudou a estratégia política que manda executar as medidas impopulares no início dos mandatos... O primeiro orçamento de Costa é eleitoralista, aposta tudo nos funcionários públicos, pensionistas e empresários da restauração e dil
Não é um trocadilho fácil – apesar de a tentação ser grande. Mas não é esse o móbil. Na tarde de ontem, quinta-feira, a Assembleia da República discutiu não um, mas quatro diplomas que visam defender a alheira. Não qualquer alheira, mas a alheira de Trás-os-Montes, cujo consumo tem sido afectado des
Tenho lido e ouvido o depoimento de muitos profissionais da hotelaria que declaram, sem qualquer espécie de vergonha na cara, que os preços não vão baixar na restauração mesmo que o IVA volte aos 13% de há uns anos. Ou seja: os mesmos que, quando o IVA subiu para os actuais 23%, fizeram recair sobre
A nossa cultura de despesa, défice e dívida é tão sólida e está-nos tão entranhada que consideramos indigno que alguém nos diga para fazermos aquilo que, à partida, devia partir das nossas instituições, dos nossos governos, de uma generalizada vontade popular: não gastar mais do que se recebe.
Martin Baron tomou posse do cargo de editor do Boston Globe em 2 de junho de 2001. Nesse mesmo dia, este jornalista então com 47 anos de idade e 25 de ofício, reuniu-se, primeiro, com toda a equipa do jornal e, logo a seguir, com cada uma das editorias da redação. O Boston Globe tinha a funcionar de
António Costa vai entrar na primeira semana do resto da sua vida política como primeiro-ministro, vai tentar convencer Bruxelas – e as agências de rating e os organismos nacionais – da bondade de uma estratégia económica e financeira que tem tudo para correr mal. E ao mesmo tempo recupera – ou deixa
É uma grande sorte ou um enorme azar, é o que vos digo. Vários problemas da humanidade podiam resolver-se assim num piscar de olhos. Se pelo menos as estátuas, como a pintura e outras representações artísticas, colaborassem. Há que pôr esta gente na ordem. Mas vamos por partes.
Sempre que há eleições, lembro-me de um episódio caricato que vivi há duas ou três vidas - e que me ajuda a relativizar a vida, as pessoas, a política. Ao ver a reportagem da SIC, com Marcelo Rebelo de Sousa, na passada segunda-feira, primeiro dia do candidato eleito, essa historieta voltou a sentar
O Governo tem que convencer os analistas com números realistas e não com insinuações de incompetência. É que os incompetentes das agências de rating têm um poder muito superior aos dos gabinetes ministeriais, porque os primeiros é que decidem a que taxas de juro é que os segundos conseguem financiar