A palavra mulher ou a designação saúde mental são abolidas. É a forma como a administração de Trump vê o mundo. A lista de palavras a eliminar é assustadora e faz lembrar outras listas, outros tempos, outras censuras. Para as mulheres, esta administração Trump não trará nada de bom, pelo simples facto de as mulheres não interessarem.

Menorizar as mulheres tem sido uma constante na vida do atual presidente dos EUA. Ainda assim, muitas mulheres votaram para que ele possa exercer os diversos exercícios para tornar as mulheres invisíveis, sem qualquer poder. Este é o cenário nos EUA.

Em Portugal, cinco mulheres foram mortas desde janeiro e o governo cai à conta de um comportamento do primeiro ministro que é condenável. Ele acha que não e talvez por isso ambicione uma maioria absoluta. Os portugueses terão de ir a votos e escolher. A democracia é isto. Uma coisa sabemos: a causa das mulheres não colhe grande entusiasmo à direita. De novo, mulheres empoderadas é uma chatice. A direita fala de ideologia de género — não sei o que seja — e tem medo da palavra sexo. Esquecendo, claro, que as crianças têm acesso a tudo a partir de um smart phone ou tablet. Sexo são quatro letras, tão fáceis de escrever e ficar sujeito, sem qualquer mediação, ao que a internet dispõe. Mas falar sobre isso nas escolas? Deus nos livre.

Que tempos são estes que vivemos? Para onde queremos ir como civilização? Já não é um debate ideológico entre esquerda e direita, a conversa agora é sobre direitos humanos e, infelizmente, nem todos os reconhecem. Dirão que Trump e a realidade portuguesa não têm nada a ver. Ok. Eu direi: ainda não têm nada a ver.