"Saif Ullah Paracha, um cidadão paquistanês, detido na Baía de Guantánamo, foi libertado e chegou à sua terra natal no sábado, 29 de outubro de 2022", indicou o Governo paquistanês, num breve comunicado.

Segundo o documento, o Ministério dos Negócios Estrangeiros do Paquistão deu assim por terminado "um extenso processo interinstitucional para facilitar a repatriação de Paracha".

"Estamos satisfeitos por um cidadão paquistanês que esteve detido no exterior esteja finalmente reunido com a família", acrescentou o Governo de Islamabade.

O homem, que permaneceu sob custódia por quase 20 anos sem uma acusação formal, era "o preso mais velho" do centro de detenção dos Estados Unidos, indicou a imprensa paquistanesa e norte-americana.

Paracha era um empresário norte-americano com negócios prósperos e riqueza no Paquistão quando foi preso na Tailândia em 2003.

As autoridades norte-americanas alegaram que Paracha era um "facilitador" da Al Qaida que ajudou dois dos conspiradores do 11 de setembro de 2001 com uma transação financeira, alegação que o cidadão paquistanês sempre negou.

Paracha esteve detido por mais de um ano na base norte-americana de Bagram, no Afeganistão, e depois transferido pelos Estados Unidos para Guantánamo.

A detenção do empresário foi repleta de procedimentos adicionais e transferências devido às condições de saúde, que se deterioraram na prisão devido à idade, o que envolveu o envio de especialistas para tratamento médico.

A administração dos Estados Unidos, liderada por Joe Biden, autorizou em maio de 2021 a transferência de Paracha e outros dois prisioneiros de Guantánamo.

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