Devido ao fim das restrições contra a pandemia da covid-19 e aos feriados do ano novo lunar, os números de turistas (816.199) e de excursionistas (581.549), num total de 1.397.748, subiram 234,5% e 29,1%, respetivamente, em termos anuais, indicou a Direção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC).

A maioria dos visitantes (991.641) continua a ser oriunda da China, tendo subido 54,5% em termos anuais. O número de visitantes de Hong Kong (356.958) subiu 704,3% e os de Taiwan (18.868) 139%, indicou.

No ano passado, a região administrativa especial chinesa perdeu 33,7 milhões de visitantes, quando comparado com os números de 2019, ano em que se registou o recorde de 39,4 milhões de visitantes.

Mas, de acordo com os dados da DSEC, o número de visitantes em 2022 (5,7 milhões) caiu também 26% face a 2021.

Em dezembro, o número ainda decresceu 52,6% em relação ao mesmo mês de 2021, devido às restrições fronteiriças e à vaga de casos de covid-19 que atingia a China continental, de onde chega a esmagadora maioria dos visitantes.

Macau seguiu, até dezembro, a política chinesa de 'zero covid', tendo registado uma queda do número de visitantes, com grande impacto na atividade económica do território, na sequência de vários surtos na região e no continente.

As seis operadoras de casinos na região, MGM, Galaxy, Venetian Macau, Melco, Wynn e SJM, com as concessões do jogo já renovadas para mais dez anos, têm acumulado prejuízos sem precedentes devido à queda do número de visitantes, sobretudo da China.

O jogo representa cerca de 80% das receitas do Governo e 55,5% do Produto Interno Bruto (PIB) de Macau, numa indústria que dá trabalho a mais de 80 mil pessoas, ou seja, a 17,23% da população empregada.

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