
De acordo com o Inquérito de Conjuntura às Famílias realizado pelo INE, o indicador de confiança do consumidor manteve no primeiro trimestre do ano, ainda assim, uma evolução nula face ao mesmo período de 2022, mas com "um ligeiro aumento na confiança das famílias cabo-verdianas".
Segundo os resultados do primeiro trimestre, o indicador de confiança medido no consumidor "registou uma tendência ascendente" -- pelo segundo trimestre consecutivo -, mas "situando-se ainda abaixo da média da série".
O INE acrescenta que este resultado é justificado "pela apreciação positiva das famílias sobre a sua situação financeira para os próximos 12 meses", bem como "a evolução da situação económica do país para os próximos 12 meses e o desemprego, relativamente ao trimestre homólogo".
"Para as famílias inquiridas, nos últimos 12 meses, tanto a situação económica do seu lar como a situação económica do país evoluíram positivamente relativamente ao trimestre homólogo. Na opinião dos inquiridos, nos últimos 12 meses, os preços aumentaram e o desemprego diminuiu, relativamente ao mesmo período do ano de 2022", refere ainda o estudo do INE.
Quando questionados sobre se tencionavam comprar um carro nos próximos dois anos, 75,2% dos inquiridos (88,9% no período homólogo de 2022) afirmaram ter a certeza absoluta que não o vão fazer.
"De referir ainda que uma fraca percentagem dos inquiridos (6,6%) afirmou que, 'provavelmente sim', irá comprar um carro nos próximos dois anos, e 17,6% afirmaram que 'provavelmente não' irão comprar um carro nos próximos dois anos", acrescenta o estudo.
Relativamente à intenção de comprar ou construir uma casa nos próximos dois anos, 55,4% assumiram que não o previam fazer (contra 76,5% no período homólogo), e 20,8% afirmaram que provavelmente o vão fazer.
Cabo Verde recupera de uma profunda crise económica e financeira, decorrente da forte quebra na procura turística - setor que garante 25% do Produto Interno Bruto (PIB) do arquipélago - desde março de 2020, devido à pandemia de covid-19. Em 2020, registou uma recessão económica histórica, equivalente a 14,8% do PIB, seguindo-se um crescimento de 7% em 2021 e 17,7% em 2022, impulsionado pela retoma da procura turística.
PVJ // JH
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