"A China dá os sinceros parabéns a Lula da Silva. Esperamos que o Brasil alcance novas conquistas, na sua tarefa de continuar a construir o país", disse o porta-voz chinês Zhao Lijian, em conferência de imprensa.

Lula venceu as eleições de domingo por pouco mais de dois milhões de votos sobre o governante de extrema-direita Jair Bolsonaro.

"Estamos dispostos a trabalhar com o novo governo brasileiro, liderado por Lula da Silva, para elevar as relações a um novo patamar, visando alcançar benefícios para ambos os países e povos", acrescentou o porta-voz chinês.

A relação entre Pequim e Brasília arrefeceu durante o mandato de Bolsonaro, que assumiu o poder com a promessa de reformular a política externa brasileira, com uma reaproximação aos Estados Unidos, e pondo em causa décadas de aliança com o mundo emergente. O ex-ministro dos Negócios Estrangeiros do Brasil, Ernesto Araújo, que foi entretanto substituído, adotou mesmo uma retórica hostil face à China.

Lula, presidente entre 2003 e 2010, hospedou a primeira reunião do grupo BRICS (então formado por Brasil, Rússia, Índia e China) em 2009.

Desde 2009, a China é o principal parceiro comercial do Brasil, com o comércio bilateral a passar de 9 mil milhões de dólares, em 2004, para 135 mil milhões, em 2021.

Entre 2007 e 2020, a China investiu, no total, 66 mil milhões de dólares no Brasil.

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