“O que estamos a fazer é utilizar aeronaves maiores. [Substituindo] as 330-200 pelas 330-900, [bem como], as 319 velhas por 321. A única coisa que podemos fazer é criar aeronaves maiores e com isso crescer 10 a 15% ao ano, mas vamos chegar a um limite”.
Para David Neelman o crescimento da empresa não depende apenas do aumento da capacidade das aeronaves, mas da criação de novas infraestruturas aeroportuárias.
As previsões do responsável contrariam assim as metas definidas por Humberto Pedrosa de multiplicar, pelo menos, por sete vezes, os resultados do Grupo TAP em três ou quatro anos.
"Num horizonte de três, quatro anos temos de atingir esses resultados. São resultados que, normalmente, as boas companhias já têm. E a TAP agora com a frota nova que vai entrar, com as rotas novas que tem – apesar da dificuldade no seu crescimento por causa do aeroporto –, vai tentando. Mas, na realidade, no horizonte de três a quatro anos temos que estar a atingir o que o Antonoaldo [Neves] propôs atingir", disse Humberto Pedrosa, em 14 de maio, em resposta à Lusa.
Na mensagem enviada aos trabalhadores da TAP em abril, Antonoaldo Neves destacou também que o lucro de 21,2 milhões de euros em 2017 alcançado pela TAP SGPS foi “o melhor resultado dos últimos dez anos”, num contexto de “prejuízos acumulados ao longo de muitos anos”, e traduz a “transição para um novo ciclo” de criação de valor na empresa.
Os lucros da TAP SGPS no ano passado contrastam com um prejuízo de 27,7 milhões registado em 2016.
O consórcio Atlantic Gateway, de Humberto Pedrosa e David Neeleman, detém 45% do Grupo TAP (TAP SGPS), o Estado através da Parpública detém 50% e os restantes 5% estão nas mãos dos trabalhadores.
O ciclo de conferências Gen Summit – Editors Network prossegue até sexta-feira no Pátio da Galé, em Lisboa.
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