“Demos o sinal político para as nossas comunidades de que muito ainda podemos fazer” no âmbito económico e “os governos estão prontos para facilitar o crescimento dos países, através do setor privado”, referiu hoje o chefe de Estado, depois de ter recebido o primeiro-ministro português, António Costa, no Palácio da Presidência, em Maputo.
Ambos mantiveram um encontro a sós, antes de as comitivas dos dois países se juntarem na reunião plenária da III Cimeira Luso-Moçambicana, sob o título “Moçambique e Portugal: construindo uma parceria estratégica para o desenvolvimento sustentável”, da qual resultou a assinatura de dez acordos de cooperação.
Após as assinaturas, António Costa e Filipe Nyusi fizeram declarações à imprensa, sem direito a perguntas.
“Estamos nesta fase de priorizar a diplomacia económica”, reiterou Nyusi, referindo que “o setor privado é o motor do desenvolvimento” e, por isso, haverá mais encontros com empresários dos dois países no resto do programa da visita de António Costa a Moçambique – nomeadamente, um seminário agendado para sexta-feira de manhã.
As trocas comerciais entre os dois países desaceleraram nos últimos dois anos, reconheceu Nyusi, mas isso deveu-se a uma conjuntura geral em que a economia não ajudou, porque, de resto, as relações bilaterais continuam fortes.
Como exemplos, apontou o aumento de encontros entre delegações de ambos os países, a concertação em diversas áreas e a disseminação da presença de pequenas e média empresas portuguesas em Moçambique.
A visita de António Costa ainda só vai a meio, mas Filipe Nyusi classifica-a já como “muito positiva”.
O chefe de Estado moçambicano aproveitou ainda a presença do primeiro-ministro português para felicitar a eleição de António Vitorino como diretor-geral Organização Internacional das Migrações (OIM).
Na declaração final conjunta do encontro de hoje ficou foi anunciado que a próxima cimeira entre os dois países vai realizar-se no próximo ano, em Portugal, em data a acordar.
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