“Há medidas nas negociações com o Governo que têm dado alguns passos, que têm sido complicadas. Registamos que o Governo parece estar a dar passos de negociação com os professores que são importantes, uma vez que, para nós, seria relevante que o próximo Orçamento do Estado chegasse já com as negociações terminadas”, afirmou Catarina Martins, à saída de uma audiência com o Presidente da República.
Acompanhada por Pedro Filipe Soares e José Manuel Pureza, a coordenadora bloquista assinalou que “há uma outra matéria que parece estar a ter avanços, que tem a ver com o IVA da eletricidade”.
Questionada sobre a possibilidade de o BE não viabilizar o Orçamento do Estado para 2019, Catarina Martins respondeu: “Não tem muito sentido debater sentidos de voto quando se está a trabalhar no orçamento, é o orçamento que determina com certeza o que todos nós pensamos sobre o orçamento”.
A coordenadora do Bloco reiterou a ideia de que o partido preferia que as negociações estivessem mais avançadas, considerando que o processo “tem sido um pouco mais lento do que em anos anteriores”.
“As opções do Governo sobre os tempos de elaboração do Orçamento são legítimas, o orçamento é da responsabilidade do Governo. Em anos anteriores, decidiu iniciar as negociações daqueles pontos que são mais complicados e em que há maior divergência mais cedo, este ano decidiu iniciar essas negociações mais tarde. O BE trabalha e não perde tempo para conseguir as melhores soluções”, acrescentou, mais à frente, depois de questionada sobre esse alegado atraso.
Catarina Martins apontou o investimento no Serviço Nacional de Saúde e nos transportes, bem como as pensões das carreiras contributivas muito longas como matérias que têm de passar pela mesa das negociações do documento orçamental.
Questionada sobre se serenou o Presidente quanto à estabilidade governativa decorrente da aprovação do OE, a coordenadora do BE reiterou: “Nós fizemos um acordo, para uma legislatura, que previa uma série de passos para a recuperação de salários, de pensões, dos serviços públicos, das condições da economia, e é para isso que estamos a trabalhar”.
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